Bom, também ajo conforme o quanto tenho a ganhar e do quanto tenho a perder..

E tenho muito mais a ganhar me olhando no espelho e tendo um mínimo de orgulho do que vejo do que o contrário..

Traumas não mudam caráter na minha opinião..

Waxi,

Garanto, racionalmente eu te entendo.

Emocionalmente não. Falando inteligentemente também não.

Nunca iria preferir viver em uma vingança eterna por alguém que fez tão pouco caso de mim.

Que vá se lixar, bem longe de mim. É o mínimo que espero.

Não iria perder meu tempo, meu amor próprio, abrir mão de um taco de caráter por quem é menos que um lixo humano comigo.

Lixo a gente coloca em uma lixeira e vira as costas, não fica carregando para cima e para baixo como se fosse algo que temos que conviver.

Trauma?

Não foi traição com uma terceira pessoa, mas posso te garantir que foi uma traição que doeu tão fundo como se fosse. Levei bons meses para sentir que poderia seguir adiante.

Por isso te digo, não muda caráter. Nos faz ficar com feridas enormes. Que custam a cicatrizar. Mas não mudam nossa essência.

Kvet, acho que você merece que eu esclareça isso, mesmo correndo o risco que você entenda como cinismo da minha parte. Mas é apenas franqueza, uma das minhas péssimas virtudes.

Não sou covarde ao ponto de jogar meus atos na conta de vingança. Houve a motivaçao da vingança no inicio? Claro que sim. Como eu disse, o troco é fundamental, se você quer continuar casado com quem te traiu. Não quer dar o troco, então separa, que é melhro que passar o resto da vida jogando a traição na cara do parceiro. Mas, a partir de um certo ponto, continuei simplesmente porque era bom. Ora, quem nao quer transar com quem lhe da vontade e ainda ter a segurança do casamento? Este é o melhor dos mundos pra qualquer pessoa. Sai com um bom numero de mulheres casadas que nem pensam em largar seus maridos, mas que também nao abrem mao de costurar pra fora, se é que você me entende. Todas muito bem resolvidas quanto a isso, o que joga por terra o mito da mulher que trai mas se retorce de culpa.

Quando digo que me recuso a correr o risco de fazer papel de otario novamente é pra explicar porque nao largo minha mulher e vou procurar por outra. Se saio com mulheres casadas que os maridos nem remotamente desconfiam de suas puladas de cerca, por que cargas d\'agua acharia eu que encontraria uma que não voltasse a fazer o mesmo comigo? Continuo com aquela que eu, hoje, conheço como a palma da minha mão e que não pode me cobrar nada.

Bem...depois de toda esta sua explanação, Waximilien, consigo compreender que a tua opinião vem baseada de uma experiência sua vívida, inclusive com traumas.

\"Hoje quem vive rastejando a meus pés é ela. E olha que nos ultimes meses eu ando com o apetite sexual de um velho de 90 anos, hein!\"

Aí pode estar a explicação da sua derrota na luta que travastes contra \"ela\"...se tivesse vencido, e seu apetite sexual fosse da sua idade real...quando se tem um trauma por traição, se vence separando e continuando a busca pela felicidade...ao que me parece não te faz parte.

Então, Maximilien, quando der a tua opinião sobre caráter de quem tem ou teve relação extra conjugal, pondere que seja um fato de que algo te falta... e saberemos o que é buscando, quando o diálogo interno já não faz efeito nenhum.

Perdão, Si Cal, por inclui-la indevidamente. Ha sempre exceçoes a qualquer regra, embora bem menos do que a gente imagina.