ALERTA - Isso é importante

45 respostas [Último]
imagem de Carla Abbondanza
Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Gente, me parece claro que o amor patológico é como o alcoolismo: só é possível tratar depois que o alcoólatra admite ter um problema. E essa é a maior dificuldade, seja no alcoolismo, seja no amor patológico. Ninguém admite que tem um problema. Aliás, raramente as pessoas querem sequer falar sobre isso.


imagem de Circe
Circe
No PF desde: 17/04/2010

Para mim também não serve. Deve ser porque eu prezo a vida e penso que ela deva ser bem vivida de uma forma não degradante ou doentia. Sempre tive horror a qualquer tipo de dependência - de pessoas, de drogas, do que for - justamente por passar a condicionar minha felicidade/satisfação a algo que está fora de mim, suscetível ao erro, ao exagero, aos problemas.


Fico estupefada quando vejo pessoas rastejando, sofrendo, aceitando tratamentos humilhantes em nome de um amor que é só delas.


imagem de Lunacris
Lunacris
No PF desde: 23/07/2011

Parece que li minha vida nessas a unica caracteristica que não tive foi o ciumes Embora pareça generalizaçao d muito mais voce viver um amor patologico do pode-se quem não viveu avalie-se pois ninguem esta livre so quem viveu sabe como na maioria das vezes o amor patologico começa de maneira simples,casual ou romantica e vira uma catastrófe.


imagem de Carla Abbondanza
Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Lunacris,


Ninguém está se julgando imune a nada. Porém, é muito importante que se fique atenta ao que pode estar errado, pelo bem da própria pessoa.


imagem de Circe
Circe
No PF desde: 17/04/2010

Eu sempre tive uma vantagem: por ser muito racional, ponderar antes de fazer as coisas, quando me via cometendo alguma besteira, logo uma luz vermelha apitava e eu dizia a mim mesma \"opa Circe, não é assim, para que isso?\'. Depois fui amadurecendo e hoje em dia persigo o ideal de ser uma pessoa antes de ser esposa/namorada de quem quer que seja.


imagem de Lunacris
Lunacris
No PF desde: 23/07/2011

E claro entendo muito bem seu ponto de vista e agradeço por aborda-lo


imagem de Carla Abbondanza
Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Eu vou fazer o que me for possível para manter esse assunto em pauta, porque realmente acredito que pode ajudar a muitas pessoas.


imagem de LUIZI TAZZ
LUIZI TAZZ
No PF desde: 22/07/2011

Meu Deuss acho que estou doente então!!


Carla...amei o texto e compreendi que minhas atitudes estão muito erradas.


Meus irmãos vivem me alertando que estou totalmente transformada e dependente da minha relação e a culpa é minha.


Estou super preocupada comigo mesma. Acho que tenho que tomar alguma atitude pq já tive reações super preocupantes e está na hora de me ajudar.


Obrigada!!


imagem de Circe
Circe
No PF desde: 17/04/2010

Também penso o mesmo Carla. A maior parte dos problemas trazidos ao PF diz respeito a relações doentias em que há excessiva dependência emocional. E não, não queremos dizer que somos imunes: nós também temos problemas, também já lidamos com situações difíceis que são comuns em qualquer relação.


A diferença está em se amar e se valorizar a ponto de não achar que mereço qualquer um ou que mereço qualquer tratamento. Eu não mereço e a primeira vez que internalizei isso eu tinha 15 anos, era apaixonada por um colega de escola que achou que poderia me fazer de capacho - e fez, durante alguns meses. Um dia eu simplesmente disse a mim mesma que não dava mais e assumi as rédeas daquilo a que eu me submeteria ou não em relações sentimentais. E sabe a parte legal disso? Não demorou um mês para o sujeito vir correndo atrás e até hoje ele fala a conhecidos que temos \'uma história mal resolvida\' - na cabeça dele, claro.


E felizmente, não tenho do que me queixar na vida sentimental: minha praticidade e criticidade sempre me afastou de caras problemáticos e, mesmo quando algum sentimento começava a surgir, a razão não parava de martelar. Se já escorreguei? Sim, claro. A diferença é que eu realmente não tolero homem que me trate de forma desrespeitosa, me agrida, não seja meu amigo e companheiro e nem tenho a menor intenção de tolerar. Eu não me menosprezo, eu gosto da minha companhia, eu tenho milhares de coisas para ocupar meu tempo e meu pensamento, então realmente não fico em relações que não me agreguem ou me façam bem.


Sei que falei de mim e que pode soar arrogante para muita gente, mas seria interessante se nós, pessoas, tivéssemos vida além da relação que possuimos. Pessoal, a vida é maravilhosa de ser vivida, é a possibilidade de nos construirmos, de conseguirmos nossos objetivos, é uma caminhada constante e deliciosa. E mais uma vez, como bem disse o amigo Schopenhauer, tudo na vida é passageiro, mesmo as grandes tristezas e as maiores alegrias. O que fica é a experiência, aquilo que guardamos dentro de nós, o que construímos todos os dias. Uma relação só é saudável quando podemos partilhar desta forma, considerando as diferenças de ambos e também os defeitos, claro.


imagem de Carla Abbondanza
Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Eu sei que algumas meninas aqui acham ou vão achar que ao postar essa matéria eu estou querendo dizer que eu sou melhor e/ou mais forte do que outras pessoas, que estou tentando dizer que sou imune ao que a matéria alerta. Nada disso. Só fui capaz de reconhecer a importância do assunto porque já vivenciei pessoalmente muito do que está ali.


Exatamente como todos aqui, eu não nasci pronta, sabendo tudo. Eu tive que aprender o que sei e normalmente da maneira mais difícil. Claro que tenho uma história emocional, familiar e até social que me influenciou grandemente e também uma personalidade inata que delineou a forma como encaro o que acontece à minha volta. Mas nada disso me tornou imune a nada.


Por isso tudo que eu realmente acredito que é essencial estar atenta à informação, sempre. Porque a gente passa a vida aprendendo sobre o mundo, sobre os outros e principalmente sobre nós mesmos.


Um provérbio oriental diz que \"a pessoa inteligente aprende com os próprios erros, mas a pessoa sábia aprende com os erros alheios\".