Um Tempo só Meu

maya
Postado em:
11/12/2011 - 18:37
Ilustração: gettyimages

Meu núcleo familiar aumentou consideravelmente nos últimos três anos.
Éramos seis e passamos para nove membros, tal quais coelhos, se reproduzindo rapidamente...

É uma alegria só, brincar com os pequenos – são queridos demais!
É fantástico organizar brincadeiras de teatro e entrar no mundo do faz de conta que só eles conseguem acompanhar, sem o menor embaraço...

Adoro meus queridos, amo estar e participar ativamente na vida deles e eles na minha – é uma felicidade estar com a minha família – mas às vezes, preciso urgentemente de um tempo...

Quero montar um casulo só meu, um lugar bem quietinho, onde o único som que eu possa escutar seja o da minha respiração e o tlec-tlec no computador!

Um tempo para reciclar, para renovar o ar, para escrever, um momento de estar só, mas ao mesmo tempo em companhia dos meus pensamentos.

Quem sabe eu seja meio parecida como a bateria de um celular – tem que parar para recarregar!

Talvez, para quem goste de ficar sempre no tumulto e agito, seja um pouco difícil entender essa carência.

Não é falta de amor, não é um afastamento, apenas um tempo quero, para ter o meu tempo.

Algumas vezes, meu parceiro tem uma enorme dificuldade para entender que isso, não é desamor, descaso, eu diria até que é uma forma de amor...

Para poder dar o meu melhor, necessito dar um passo para trás e retornar depois.

Pois é este o jeito que encontro para me renovar, me energizar, me reorganizar e trazer bons e novos ares para o nosso bem estar.



Maya


Eu a compreendo perfeitamente: adoro meus filhos, mas preciso também de um tempo só meu, ou um tempo para passar apenas com meu marido.


Com os filhos crescidos, eu e meu marido, sempre que possível, viajamos aos finais de semana ou nas férias para ficarmos um com o outro.


Sei que essa necessidade minha de ter momentos afastada dos filhos é porque minha vida não se restringe a eles e que se eu permitisse eles utilizariam todo o meu tempo... Acredito que amarei muito aos meus netos quando eles chegarem, mas também não aceitarei dedicar a eles todo o meu tempo. Enquanto viver, terei também demanda próprias (leituras, reflexões, tempo para cultivar amizades e para me manter atualizada, etc.).


Acho que ter tempo para nós mesmas é a condição para continuarmos pessoas autônomas e livres, logo, capazes de sermos companhias mais interesssantes para todas as pessoas com as quais convivemos.


Iani,

amiga, você pontuou com perfeição nossa capacidade de multitarefas, mas sem perder a individualidade.

Beleza de palavras.

bjo e obrigada por coloca-las aqui.

maya


pois então Nary, combinamos as duas...heheheh

bjo!


Adorei..Esse texto combina muito comigo..