Tempos De Liberdade, Tempos De Opressão

precisofalar
Postado em:
05/09/2012 - 18:59
Reprodução: gettyimages
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No dia internacional da mulher, recebemos flores, brindes e congratulações pelo fato de pertencermos a um gênero que vem lutando há décadas para conquistar os seus direitos. Mas me pergunto: que direitos são esses? Comemorar exatamente o que, se estamos cada vez mais submissas e dependentes, não mais dos homens, nossos “grandes opressores”, mas de uma sociedade que não nos permite envelhecer com dignidade?

Atualmente, uma mulher só é considerada de “boa aparência” se for jovem, já que a publicidade, a indústria da moda, dos cosméticos e os consultórios médicos oferecem produtos e intervenções que estariam ao alcance de todas. Dessa forma, sentimo-nos culpadas e deslocadas se não nos enquadramos nesses modelos de juventude e beleza, sendo que nosso corpo é considerado uma massa amorfa que pode ser moldado por profissionais das áreas da saúde e da estética.

Podemos até envelhecer, mas não podemos deixar que os outros percebam. Temos que preencher os sulcos da face, tirar as rugas que aparecem ao redor dos olhos, malhar para enrijecer os músculos, manter (ou tornar) os seios fartos e firmes.

Em matéria recente publicada na mídia, as mulheres foram informadas que, agora que já estão com seus rostos “plastificados” e padronizados, devem se preocupar com as mãos, pois elas não escondem o envelhecimento. A matéria inclusive informa que, provavelmente, a pop star Madona usou luvas em seu último show para esconder as marcas do tempo que teimam em aparecer e fazem os fãs lembrarem que ela já não é tão jovem. Mas não desanimemos, pois os profissionais explicam que já existe uma técnica de “preenchimento de mãos” pela qual poderemos esconder nossa idade por mais algum tempo.

Finalizando, faço minhas as palavras de Sônia Cabeda em seu artigo “A ilusão do corpo perfeito: o discurso médico na mídia” que diz que “em um futuro próximo as mulheres que não se submeterem ao padrão [estético] cirúrgico poderão ser estigmatizadas, vistas como desviantes e consideradas, no mínimo, negligentes com seu bem-estar. É espantosa a variedade e a quantidade de formas de exclusão que o homo sapies é capaz de inventar.”

Profª Drª Claudia Schemes
Grupo de Pesquisa Cultura e Memória da Comunidade Universidade Feevale



se parar pra pensar as mulheres que não se enquadram nos padrões esteticos já estão sentindo o desprezo, a cobrança é grande se vc não tem bundão, peitão, pernão coxão tá dificl a concorrencia com as periguetes, as pessoas estão deixando o que verdadeiramente importa que é o interior da pessoas os seus valores. É triste mais é a realidade


Infelizmente estamos assim,o tempos passa rápido e não perdoa.

As mulheres jovens ou não viraram reféns da beleza,da perfeição,não se dão ao direito de viver e ser o que desejam,não digo que não há necessidade de se cuidar,mas é preciso que isso aconteca sem exageros,que se alcance isso com qualidade de vida,não com intervençoes médicas peródicas,é isso que nós vemos hoje em dia,o sexo feminino virou refém da sociedade e das clinicas estéticas.

Só nos resta saber onde iremos parar!


Muito interessantíssimo a matéria...