Reprodução: gettyimages

Reprodução: google.com

Reprodução: google.com

Li uma matéria sobre a jornalista americana Marjorie Hillis que escreveu, há 70 anos atrás, dicas de como uma mulher pode gozar plenamente a vida ao mesmo tempo em que vive só.

O livro, sob o título imperativo de Live Alone and Like It (Viva Sozinha e goste disso) agora chega ao Brasil. Ainda hoje, alguns dos ensinamentos escritos por Hillis valem, tais como: “...uma mulher é agora uma mulher, exatamente como um homem é um homem; ela é capaz de manter-se em suas próprias pernas, assim como ele (supostamente) é capaz de fazê-lo.” , “... toda mulher precisa de amigas que a visitem para um chá, café ou jantar... Precisa de amigas com as quais possa viajar, expor seus entusiasmos e aborrecimentos, exibir novas roupas e velhos namorados.”, “ Até onde a decência permite, um homem pode vir para jantar (na casa de uma mulher solteira) e permanecer o suficiente para apanhar o leite da manhã seguinte, sem ofender ninguém...”.

Veja bem que esse discurso foi feito na década de 30...

A autora acompanhou: o surgimento da pílula anticoncepcional, as mulheres assumirem postos de trabalho após a II Guerra Mundial e nascimento das novas bandeiras femininas. Porém não chegou ao século 21 para assistir o cult das solteiras do Sex and the City, donas de si e sexualmente livres.

Creio que a autora, hoje, iria vibrar observando as mulheres revolucionando o mercado de trabalho,  sendo eleitas a cargos públicos, governando países, influenciando e tendo participação ativa na cultura e no mercado sócio-econômico.

Diz a reportagem que três anos depois de se tornar a solteira símbolo de Nova York, Marjorie Hillis se apaixonou, subiu ao altar e parou de escrever.

Não importa seu estado civil - a autora, que escreveu o livro pouco antes de completar seus 50 anos, deixou-nos uma mensagem muito clara: o respeito à liberdade de escolha.

Esta crônica foi escrita em agosto/2008.