O charme de ser balzaquiana

dudy
Postado em:
05/03/2009 - 11:25

Até então ser uma balzaquiana era tudo de bom!

Pra quem não sabe esse termo foi criado, pelo querido Balzac, digo querido, porque ele levantou a moral da mulher de 30 anos.

Balzac (1799-1850), era um escritor francês fofo, quer ver o que ele escreveu:

‘‘A fisionomia das mulheres só começa a ter significação aos 30 anos. Até essa idade, em seu rosto, os pintores só encontram o rosa e o branco, sorrisos e expressões que repetem o mesmo pensamento, pensamento da juventude e de amor, pensamento uniforme e sem profundeza’’.
 
"As mulheres de 30 podem ser garotas, aos 40 podem oferecer aos olhares do mundo um corpo em plena forma, a vitalidade sexual explodindo, a carreira florescendo".

Show né? Depois dele as mocinhas de romance não tinham mais “sempre” 20 anos rsrsrs

Mas voltando a minha condição de balzaquiana, até então bem feliz, após esse final de semana, vi q nem tudo são flores uauauaua. Até meus dezoito/vinte fui atleta, jogava todo final de semana, corria horrores e muitos títulos conquistei.

Acontece que isso fica gravado na gente, sei lá sempre fiz exercício, depois disso, academia, pilates, corrida, juro que achava que estava em forma.

Então chega o final de semana cheio de programação, começo um campeonato de Beach Tênis (frescobol com rede em areia fofa), dupla com meu marido, no sábado ganhamos as duas partidas na categoria mista e perdemos uma que era só de homens, classificamos para jogar no domingo na mista, corpo quente, vibração, tudo em cima. Digamos que a noite já não foi assim tão em cima, meu corpo doía, meu ombro doía, virei mil voltas na cama, mas amanheceu graças a Deus!

Domingo de sol bonito, fiz um super aquecimento/alongamento, pois meu corpo tava meio moído e fui lá comparecer na final. A dupla rival, jogava tênis direto, então já posso adiantar que ficamos vice, uhuu, tranqüilo, trofeuzinho, coisa e tal.

À tarde, ainda me sentido a super balzaquiana, convidei meu marido para esquiar, me diverti, consegui levantar de primeira, deslizei por águas deliciosas, cai por outras diversas, se faz muita força com os braços, mas é uma aventura massa!

E agora, então, conto meu trágico final, quem diz que consigo dormir a noite, meu Deus! Que triste vida! Fiz exercício a vida inteira e agora só porque dei uma intensificadinha num final de semana, acho que vou morrer!

Doía demais, parecia que tinha apanhado ou melhor, sido espancada, tipo aquela sensação de resfriado, que dói desde a pontinha do dedo minguinho até o último fio de cabelo, um horror!
Pra começar a dormir, fui vasculhar minha necessaire, sou meio contra remédios, mas não ia ter jeito, tive que apelar para um relaxante muscular, daí dormi! Lá pelas 4h acordo e quem diz que consigo dormir de novo, rolei, rolei, quer saber, tomei outro e apaguei quase como um anjo até de manhã.

Pra não alongar demais, preciso dizer que nada mais foi como antes, fui trabalhar me arrastando, a dor só diminuiu um pouco com uma massagem, onde a querida terapeuta disse que era super normal, pois havia trabalhado outro grupo de músculos, blábláblá.
 
Tá bom vou tentar acreditar, sinto que ser balzaquiana pode até ser algo charmoso, aquela coisa da maturidade, consciência do seu corpo, dona do seu nariz e objetivos cada vez mais claros profissionalmente, mas na real, a idade pesa, tudo bem, um pouquinho, mas pesa. Quer saber, vou esquecer desta última frase e ficar só com o charme, afinal de contas as dores já passaram mesmo... dores? que dores? Já esqueci, fiz minha parte!

Dudy

Dudy

Postado em: 
05 de março/2009