Briguei com meu cachorro!

dudy
Postado em:
30/03/2009 - 17:26

Meu Labrador é um senhor de 4 anos. Lindo e carente. E ultimamente o cachorro mais sem ouvido do mundo.

O problema todo está em seus genes – amor por água – até ai tudo bem, sempre achei uma graça vê-lo nadar. Mas a tal água anda baratinando a cabeça dele. Virou um cachorro fujão.

Qualquer descuido com o portão, lá está ele dentro do mar. Faz a alegria da galera! Fotos pra cá, pauzinhos sendo jogados pra lá e ainda recebe muito carinho no cangote da mulherada.

Daí vocês irão perguntar: que mal tem nisso?

O primeiro problema está na rua, quando foge, ele só enxerga água na frente, sai numa disparada, e hoje, se eu não tivesse dado um grito histérico, um carro teria juntado ele sem dó nem piedade, o motorista assustado freou abruptamente. Meu coração quase saiu pela boca, tinha vontade de sentar na beirada da rua e chorar.

Minha pequena ficou me olhando e disse: mamãe, mamãe! Na cabeça dela deve ter pensado algo assim: porque será que ele não obedece ela e eu tenho que obedecer... ai, ai. Respirei fundo, engolindo o choro, me preparando para o ataque.

No segundo “round” me faço de louca, tipo que nem conheço, já que fui vencida e ele está no mar mesmo, deixo nadar, nadar até cansar. Depois de vários banhos, seu instinto de cachorro começa se sobressair sobre o de peixe, e a loucura por bolinhas é mais forte que tudo - começa a analisar o território - e agora, ninguém mais joga frescobol e futebol na areia, pois o cão não para de azucrinar. 

Começa a luta para levá-lo pra casa. Enfurecido se debate na maior cena, me atirando sentada na areia e corre de volta pro mar.

Neste momento, todos na praia começam a bater palmas e gritar: fica, fica!
Imaginem o drama, eu toda cheia de areia e pelos, com cara de tacho e ele “se achando” na multidão. Tô começando a pensar que ele deve ter lido Marley e Eu e tá querendo virar livro também, ou quem sabe astro de Hollywood?

Essa história está me desgastando demais, no dia anterior ele fugiu três vezes, pra mim chega, juntei todas as minhas forças e com muito custo consegui levá-lo pra casa.

Depois de algumas horas, na maior cara-de-pau, meu “querido” cachorro - como se nada tivesse acontecido - vem pedir carinho e companhia.

Fico olhando com cara de mau e tentando fazer ele entender o perigo que corre ao atravessar a rua daquele jeito maluco, mas meu dog muito cansado de sua “nadada matinal” me olha tirando a maior onda: - maluca é ela, que fica falando um monte de coisas que não quero entender... acho que quem tá precisando tomar um banho de mar pra desestressar é ela.  Au, auuuu!

Dudy

Dudy

Postado em: 
30 de março/2009