São milhares as recordações que pipocam na minha mente, algumas imagens muito nítidas e outras mais pixeladas de vários períodos da minha vida, desde que me entendo como gente.

Dou uma retomada no passado, tempo em que brincava de pega-pega na rua, do período de adolescência com as conturbadas emoções e impulsividades próprias da idade e o tempo não tão recente – mas ainda bem vívido – o casamento, os filhotes nascendo e crescendo numa velocidade impressionante até se tornarem os adultos de hoje.

Ah, como seria bacana se eu pudesse armazenar tudo isso...

Gostaria de fazer um backup automático da minha memória para ter a certeza de que nunca vou perder os meus dados mais importantes.

Penso que esses registros teriam capacidade ilimitada para armazenar no meu inconsciente a minha história, para que depois eu pudesse acessar arquivos de ocasiões muito especiais.

Seria uma biblioteca digital da minha vida, onde eu acionaria, somente quando tivesse vontade, todos os momentos importantes e felizes que passei e tudo o que mais amei.

Deixaria lá um catálogo especial para busca imediata de todos os minutos de imenso prazer e felicidade, gravaria também todas as cenas de beijos e lágrimas de amor dos filmes, para que eu pudesse me emocionar.

Ativaria em contrapartida um antivírus punk a fim de apagar imediatamente todo tipo de aborrecimentos, maldades, provocações, fofocas indesejáveis, burrices, perdas de tempo e outras chatices mais.

Este mesmo antivírus seria capaz de limpar ressentimentos, deletar mágoas e até mesmo perdoar.

Assim eu teria a garantia para acessar somente lembranças felizes da minha vida.

Perfeito, hein?

Como é bom sonhar, mas será que isso está tão longe de acontecer?

Maya

Postado em: 
17 de agosto/2009