Amor Maduro

dudy
Postado em:
12/05/2010 - 18:01
Uma grande amiga está vivendo um novo amor, é tão gostoso ouvir suas confissões.
 
Saudades das sensações do início de namoro, do frio na barriga, das mãos suadas, do nervosismo do primeiro encontro, onde tudo é curiosidade e sonhos.
 
Qualquer música ou poema que fale de romance, enche os olhos de lágrimas, faz o coração pulsar mais forte e a respiração acelerar, ahh o amor, é lindo mesmo! Nasce e cresce como uma criança, cheio de energia, cheio de vontades, não para um minuto e quer estar junto o maior tempo possível.
 
Uma mistura de descoberta, de desejos e aflição, sim vivemos aflitos, pois tudo é muito novo: a alegria de viver com alguém, o medo de perder, o ciúme descarado, o tempo dividido ao meio, sentimentos que se embolam e nos deixam na corda bamba por um bom período.
 
Casada há 5 anos, entro em outra fase agora.
 
Vivo um amor maduro.
 
Estou a aprimorar a convivência comigo e com ele. Tenho descoberto tantas coisas sobre mim, essa tal maturidade é fenomenal e aprender a ser uma pessoa melhor me faz ter uma relação mais intensa com o mundo e com o outro.
 
Estou na fase de não desistir por rotina, por chatices ou por problemas que a vida sempre trará. Seja com um ou com todos os outros que se tentar. É preciso se reinventar. Ouvir, calar, relevar e amar. Nem sempre se consegue manter esse fluxo de energia, às vezes, parece que é só um redemoinho de mazelas, mas daí a noite cai, o dia amanhece e tudo pode recomeçar, se há bem-querer no coração.
 
Dia desses, li algo muito bacana aqui no fórum, postado pelo Dr. Pessoa, falava sobre a banalização da separação, faço questão de reproduzir, vale a reflexão:
 
“Tem gente que ao menor dissabor já abandona o relacionamento. São árvores frondosas, mas sem raiz. Nem chegam a dar frutos, pois não possuem nutrientes o suficiente para tanto. Está havendo a banalização da separação! Em nome de uma pseudo felicidade, partem para outra(o) sem o menor pudor. Esquecem que a vida é feita de alegria e tristezas; de vitórias e derrotas; de dia e noite; de sol e chuva; de calor e frio... A mantença da vida com amor deve ser a maior luta a ser travada e, para tanto, temos de combatê-la com as armas que dispomos. Às vezes, a vitória maior é termos lutado e não ficar como os fracos que nunca conseguem lutar por nada...”
 
Quando há amor e respeito, há de se tentar incansadamente, há de se preservar o melhor que há.
 
O amor maduro é sereno, é cúmplice, é amigo, mas também amante. O frenesi do princípio é compensado pelo enrolar de pernas nas noites de frio, pelo vinho em frente à lareira, pelo abraço nos dias tristes, a união nas conquistas, o beijo quente e longo que não pode ser esquecido para que a chama nunca se apague.
 
Enfim, uma das melhores traduções de amor maduro para mim, é como na música do sábio Charlie Brown Jr.,
 
"O amor é assim a paz de Deus em sua casa..."

Dudy

Dudy

Postado em:
13 de maio/2010