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Amor demais!
Postado em:
05/02/2009 - 16:40
Ser mulher às vezes me deixa louca.
Tem que ter amor-próprio, amor pelo marido, amor pela filha, amor pelo trabalho, amor pelo cachorro, meu Deus! É amor demais!
Isso consome qualquer ser - humano, é preciso fôlego triplo, quádruplo e sei lá mais o quê...
Estava eu hoje, no meio de reuniões, papéis e ligações sem fim, quando lembrei que havia esquecido de passar no mercado e comprar carne para o almoço... – PQP gritei, agarrando a bolsa numa corrida sem fim, VIVA um açougue perto do trabalho ainda estava aberto, daria tempo p/ a minha ajudante grelhá-los e tudo estaria resolvido. Nada de cara feia no almoço... ufa!
Na continu-ação: almoça correndo, dá uma brincadinha no chão com a pequena, joga a bolinha pro cachorro dar uma corrida no pátio e ver que você não esqueceu dele, olha pro relógio: - caramba! Já tá na hora de sair, pega a mochila do pilates, pendura a nenê na cintura, beijo no marido e voilà!. Voa as tranças até o maternal, rápido profe, que tenho reunião às duas...
Assim a tarde voa, o mundo gira e o tempo esmaga qualquer possibilidade de insight criativo, uma pressão do cão, quer saber : CHEGA! Vou pra acupuntura , preciso pensar em mim, daqui a pouco tô batendo pino e quem vai me cuidar? Pra falar a verdade não quero que me cuidem, mais uma pressão, tô fora!
Chego lá, deito como uma rainha em plena cinco da tarde e ouço a minha querida terapeuta dizer: Dudy, você está sempre dividida! PQP de novo! Fui lá pra relaxar e ela tinha que me lembrar da grande pressão de ser mulher e ter que fazer tudo bem, dedicando tempo/amor/perfeição a todos e ainda a mim mesma, quase sai correndo, mas resolvi me encher de agulhas numa atitude intimista pra ver se conseguia entrar em sono profundo.
Nos últimos minutos do meu relax total, toca o celular, tento não ouvir, me imagino num campo de trigo a correr, num vestido esvoaçante, cabelos ao vento, sorridente, livre, leve e solta, sem compromissos e prazos para cumprir, mas aquela música ao fundo não quer parar, estranho... ela não combina nada com o cenário, será que escolheram a trilha errada? Luto e reluto mais um pouco, PUXA não tem jeito, é o mundo real me chamando de novo, esfrego os olhos expulsando o torpor... e sabe quem era... a Maya, rsrsrsrs, daquele meu outro amor: o preciso falar!
Dudy
Postado em:
05 de fevereiro/2009