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Pedalando sem rumo
Postado em:
02/02/2009 - 17:41
Bateu uma vontade de pegar minha antiga (pra não dizer velha) bici e sair pedalando por aí, sem muito rumo definido e foi o que fiz nesse último fim de semana.
Sabe aquela sensação gostosa do vento batendo no seu rosto, de se sentir liberta e solta – sem maiores compromissos, como se você tivesse de volta nos seus 12/13 anos?
É muito bom, maravilhoso e foi assim que me senti na minha ida sem destino certo para lugar nenhum, apenas uma adolescente. Porém na volta parecia que tinha somado uns cinquenta anos na cacunda.
Distraída e gozando cada instante do meu passeio, não percebi que o vento estava a meu favor, na realidade achei tão facinho pedalar depois de tanto tempo sem prática, fiquei contente - nem tinha que fazer tanto esforço.
No retorno, gente... parecia que eu estava carregando um jumbo e me encontrava a uns 15 km da minha casa – tive vontade de chorar ou chamar alguém pra me rebocar.
Orgulhosa como sou e não querendo demonstrar fraqueza lá me fui enfrentando minha dura empreitada – a cada pedalada, a sensação é que aumentava uma tonelada às minhas pernas – então, pelo meio do caminho pensei em jogar o Sr. Orgulho e a Sra. Valentia pro brejo mas o cara não desgrudava de mim enquanto que a Sra. Valentia, já vencida, tinha jogado a toalha no chão, arrasada!
A briga entre os dois não acabava e eu continuava agarrada com meu amigo Esforço e minha querida Perseverança.
Finalmente, cheguei ao meu destino pra felicidade do Sr. Orgulho e quando saio da minha bicicleta comecei a andar que nem uma macaca – saca macaca caminhando com as pernas abertas?
Tinha dores no corpo – principalmente nas coxas que ficaram dias sem poder subir ou descer escadas.
E quanto a Mimosa (esse é o apelido das minhas pequenas partes íntimas) vocês nem tem idéia do sofrimento que a coitada passou e pra se restabelecer completamente me pediu nada menos que uma semana.
Ou seja, andar de bicicleta é tudo de bom, mas meu conselho é que você não se distraia, olhe e sinta pra que lado o vento está soprando e aproveite pra pensar (e fingir) que (naquele momento) você está muitos anos mais jovem, pois essa é a sensação que tive quando pedalei minha velha e querida bicicleta.
Maya
Postado em:
02 de fevereiro/2009