Imagem: enviada pela autora

Olá meninas!!!! Me encantei com este site, nossa, tudo de bom isso aqui, amei... Mas quero tambem contar um pouco de minha história de vida que não foi nada fácil...

Tenho 50 anos, nasci em um lar de pai alcoolatra, e minha mãe muito novinha quando se casou com meu pai, pois ela tinha 17 anos e ele 35. Nossa, como minha mãe sofreu na mão do meu pai, ele espancava ela, cortava com garrafas quebradas e eu sendo a 1ª filha, cresci até os dez primeiros anos de minha vida vendo tudo isso. E pra completar, eu, aos 6 anos de idade, já tomava conta de casa igual gente grande pra ajudar minha que, por falta de experiência, paria um filho a cada 10 meses.

Meu pai parou de ser alcoolatra eu já estava com 8 anos, só que eles (meus pais) passaram para uma religião muito rígida e repressora em tudo. Ai que a "coisa" ficou feia mesmo, porque ele ficou fanático e queria tudo certinho nos filhos, que foram criados presos sem liberdade pra nada.

E esta situação na minha infância me atrapalhou na vida sentimental - e como atrapalhou. Me casei com 16 anos, sem saber nem o que estava fazendo, porque meus pais nos criaram com muita fartura material. mas o principal mesmo faltou, que foi o amor... E com tudo que me aconteceu eu achava que todo homem era igual meu pai, e o meu marido não podia nem falar mais alto que eu já me encontrava na defensiva.

Este casamento me deu 2 filhos homens com diferença de idade entre eles de 6 anos, mas o meu casamento durou só 10 anos. Ai foi que tudo começou de verdade em minha vida, quem disse que eu queria me prender a um homem? Nunca! Amei a liberdade. Depois de um certo tempo,voltei a me casar, mas desta vez com um policial, muito liberal, daqueles que só se satisfazia no sexo sabendo que sua mulher estivera com outro homem. Eu não concordava com aquilo, pois a minha criação foi muito conservadora como eu citei acima, achava um absurdo o meu marido fazer questão que os amigos dele me paquerassem, perdi completamente o respeito por ele e com 6 anos de convivência me separei dele.

Graças a DEUS eu tenho uma boa aparência, sou muito comunicativa... E não foi difícil arrumar o 3º marido, um rapaz muito lindo, mais novo que eu, apaixonadíssimo por mim, muito ciumento, ao contrário do "outro", esse me queria só pra ele. Nossa, como foi bom viver com ele... Era tudo que uma mulher sonhava, carinhoso, exelente parceiro no sexo, fiel, dedicado, trabalhador e, por sinal, muito lindo como eu já disse. Vivi com ele 6 anos, quando, num domingo pela manhã, o telefone tocou e veio a triste notícia de que meu filho mais velho tinha sofrido um acidente de automóvel e estava em estado grave. Saímos no mesmo instante para a cidade onde meu filho fazia faculdade de Direito. Só que, quando cheguei lá, soube que meu filho querido tinha falecido na hora do acidente.

Ele, meu filhinho de 21 anos, estava no 4º ano de Direito, era servidor público, com a vida pronta pra seguir e tinha se acabado num acidende de carro, ele e mais 5 rapazes da idade dele. Meu mundo caiu, naquela hora eu não conseguia acreditar que todo esforço que eu fiz pra criar ele sozinha (com ajuda dos meus pais) tinha ido por água abaixo, que os 3 empregos que eu tinha para ajudar a pagar a faculdade dele não tinham valido de nada... E QUE O MAIOR TESOURO DE MINHA VIDA ESTAVA ALI DENTRO DE UM CAIXÃO LACRADO, SEM EU PODER NEM DESPEDIR DO CORPO.

Eu morri naquele momento, entrei em depressão profunda. acabou a mulher sexy, a mulher que amava fazer sexo todo dia, toda hora e ficou só a mulher mãe enlutada e depressiva... Nossa que dor perder um filho, não existe remédio que passe essa dor. Ah, um detalhe: meu filho faleceu no dia 05/12/1999, quando estávamos enterrando ele recebemos a notícia de que a mãe do meu marido tinha acabado de falecer, ela faleceu no dia 06/12/1999.

Ai aquele casamento maravilhoso de 7 anos não resistiu e, em abrl de 2000, lá estava eu novamente sozinha. Foi muita coisa pra nós dois e não tivemos ninguém pra nos ajudar, foi uma pena que tenha acabado assim. Fiquei em tratamento psiquiátrico e fiz terapia por muito tempo. E no auge da minha depressão conheci um outro rapaz que no início se mostrou apenas amigo afim de me ajudar, mas a forma que ele me ajudou foi muito louca, ele me fez conhecer o mundo das drogas que eu nunca tinha conhecido, da bebedeira, e eu fui gostando daquilo, porque era os únicos momentos em que não sofria com a perda do meu filho.

Quando dei por mim, lá estava eu, casada com o 4º marido e essa união durou apenas 6 anos, mas foram 6 anos de muita droga, muita bebedeira, foi quando eu acordei e vi que que não era aquilo que eu queria, pois estava me auto-destruindo e eu tinha ainda outro filho que precisava muito de mim. Resolvi me separar, foi dificil porque eu tinha transferido toda aquela carência de ter perdido meu filho pra ele, e pra sair fora dele eu perdi tudo, carro, casa, móveis, saí com a roupa do corpo e sem emprego - eu havia perdido um emprego de 20 anos numa multinacional por causa da queda do dólar.

Outra vez sozinha, dependente de drogas e bebidas desta vez, sem emprego, fui morar com uma irmã minha, que eu tinha como filha, eu dei o nome pra ela, eu sempre a recolhi e na minha casa, mas o dia que precisei, ela me virou as costas, eu que sempre recolhi muita gente em minha casa, dava abrigo a todo mundo, estava lá sozinha sem um teto pra morar. Sempre estive com ela em tudo que ela precisou, mas ela me virou as costas e como foi difícil. Agora eu sozinha, ainda dependente das drogas, sem dinheiro e sem coragem de dizer pra minha família que eu era dependente, foi muito difícil, mas foi quando eu conheci um movimento religioso e neste movimento eu conheci Jesus, e Ele me libertou das drogas.

Hoje, 3 anos depois, já tenho uma casinha de 80 metros quadrados num tereno de 2000 mil metros quadrados, um carrinho usado, mas muito bom e estou trabalhando muito, consegui pagar as dividas..Estou completamente livre das drogas e da bebida... A dor da perda do meu filho, eu sempre vou carregar comigo, a saudade a cada dia que passa só aumenta... Mas sei que ele está em um bom lugar com Deus. Só tem um problema agora... Conheci uma outra pessoa aparentemente maravilhosa, sem vicios aparentes, muito religioso; eu sozinha, estou com 50 anos, apesar de todo sofrimento tenho uma carinha 40 anos, resolvi me da uma nova chance,afinal eu não nasci pra viver sozinha, eu detesto viver sozinha... Conheci a família dele, pessoas maravilhosas, mas... Depois de 1 ano de convivência descobri, da pior forma, que ele é um ex alcoólatra...

Não sei se é mesmo ex, porque de dois meses pra ca ele so vive bebendo, ja não sei o que fazer, por um lado tenho medo de ficar sozinha e por outro lado odeio a bebedeira dele... Sinceramente, não sei o que fazer!!! Obrigada a todos (as) pela atenção!