Violência Doméstica

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claudio sobral
No PF desde: 27/04/2010

Nesses tempos de Lei Maria da Penha,muita coisa mudou para os homens e as mulheres,mas refletindo sobre o assunto me veio as seguintes perguntas?


Se o cara bate em vc (mulher) uma vez,doeu,ofendeu,machucou,te humilhou eu te pergunto: Pq continuar com esse cara? Pra apanhar várias vezes e só depois denunciar? (Igual acontece na maioria dos casos.)


A questão só é julgada assim: O cara bateu e ela apanhou... e se analisarmos: pq apanhou? quanto tempo faz isso? fez ou falou alguma coisa? Ele bateu do nada? sem motivo?


Muitas mulheres hoje se aproveitam dessa lei e: Ofedem o orgulho do parceiro: Seu trouxa,seu merda,seu vagabundo,vc merece um par de chifre, eu vou le denunciar,vais se fuder,vou te ferrar na pensão,vc não é homem pra isso,eu duvido que vc seja capaz,vc não tem capacidade...diante desses ingredientes (falta de respeito) onde fica o juízo do cidadão?Isso não justifica a agressão,mas no caso da mulher agredida,o que justifica a demora para dar um basta final?


É um tema polêmico...


(Atenção,não defendo nem homem e nem mulher,sou neutro,até pq cada caso é um caso... sou contra qualquer tipo de violência:verbal ou física.)


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claudio sobral
No PF desde: 27/04/2010

Pq após ser agredida na primeira vez,não separa logo?


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Júpiter
No PF desde: 08/07/2010

Claudio: na minha opinião, a palavra EDUCAÇÃO é a chave de tudo.

Por falta dela, no sentido amplo da palavra (que engloba não só escola, mas família, valores, caráter, cultura, etc), as pessoas crescem somente em tamanho. Não tem uma estrutura interna sólida, edificada em anos e anos dessa educação que é dada já a partir dos primeiros minutos de vida e se estende até a morte. Formam-se nesse país exércitos de pessoas que só tem tamanho, mas com uma mentalidade infantil e atrasada, tornam-se castelos de cartas ambulantes, basta um sopro e tudo desaba. Basta dar uma olhada nos tópicos aqui do PF: pessoas que casam sem ter um mínimo de estrutura psicológica e social, pessoas que botam filhos no mundo também sem ter essa estrutura ou por motivos menos nobres ainda, como para tentar salvar uma relação falida (como se o filho tivesse esse poder) ou para terem um brinquedinho em casa (nunca lembram, ANTES de fazer o filho, que o \"brinquedinho\" custa caríssimo).

Pessoas que nunca tiveram limites dos seus pais ou responsáveis e quando adultos continuam agindo como \"reizinhos\" do seu império imaginário, querendo que tudo seja do seu jeito, sem se importar com as consequências. Pessoas que querem SEMPRE os SEUS DIREITOS, mas que nunca se lembram de cumprir com os SEUS DEVERES. Pessoas que tratam a coisa pública como se ela NÃO FOSSE DE NINGUÉM, quando deveriam ter a consciência que ela É DE TODOS.


Poderia aqui citar zilhões de exemplos, mas não é necessário, já entendeste o que quero dizer...


Contudo, A CONTA SEMPRE CHEGA meu caro: todas essas pessoas crescem e vão viver as suas vidas, lá pelas tantas encontram outro com quem partilhar suas mentes confusas e deficitárias e o que acontece? conflitos e mais conflitos, que em um número muito grande acabam em agressões físicas.


Pessoas que, sem estrutura, partem para viver com outro sem respeitar os limites que a própria vida impõe e se acham DONOS do outro, querendo impor a sua vontade (o \"reizinho\" que falei lá em cima). Daí para a agressão física, facilitada pela cachaça, drogas e etc, é um passo.


Para refletirmos: vc acha mesmo que se sobrasse educação de qualidade no nosso país, seria necessária UMA LEI PARA DIZER QUE O CIDADÃO NÃO PODE BATER NA SUA COMPANHEIRA? Ou melhor, como agora está para acontecer: é necessária uma lei para dizer que NÃO SE PODE BATER NAS CRIANÇAS?


Pois é, esse é o caldeirão de deficiências criado no nosso país, que ultimamente tem achado que as leis farão o que não foi feito lá atrás: dar educação ao povo. As leis não farão isso.

Lamentavelmente, precisaremos de décadas para mudar isso, mas é preciso antes de tudo ter vontade e da nossa classe de mandatários políticos eu não vejo um pingo de motivação para realizar essa mudança. Porque é mais fácil ganhar votos de quem não entende muito bem o quadro todo, não é? Ou vc acha que pessoas EDUCADAS DIGNAMENTE e com cultura e valores éticos e morais votariam nos sarneys, calheiros, mãos-santas da vida, entre muitos outros...?


E infelizmente, essa revolta toda com a vida, as pessoas acabam descontando em quem está mais perto...a família acaba pagando o pato. Se essa moda pegar -parece que já pegou - haja presídio...


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Moretti
No PF desde: 18/06/2009

falta de amor proprio


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Perfeita a colocação de Jupiter. Mas eu acrescentaria algo mais, uma perepectiva mais sociológica, considerando uma consultoria que fiz para a Camara Municipal de minha cidade sobre a questão.

oLha, acho que a questão não é tão simples quanto parece.

Embora a V.D ocorra em todas as classes, é naquelas menos favorecidas que ela marca mais presença. E é aí que muitas mulheres são dependentes economicamente e emocionalmente de seus parceiros.

Muitas mulheres acabam então precisando buscar uma solução financeira a médio ou longo prazo. Infelizmente isso é ainda real.

Além disso, acho que a V.D ao longo da história, é meio que naturalizada por assim dizer, não que a mulher ache que deva apanhar, mas ela sempre acaba relevando o comportamento do parceiro como uma coisa eventual e extraordinária. Até acontecer de novo, de novo, de novo...


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Jalia
No PF desde: 18/08/2009

Entendi o teu ponto de vista claudio sobral!!


Pessoalmente nunca fui vítima de violência doméstica (vida conjugal... esposo, companheiro, namorado, marido)!!! Mas se um dia um homem levantar a mão com certeza vai vestir a \"roupa de madeira\"!!!


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Tbm sou contra violência.. Bj