MAIS UMA SAFADEZA!

11 respostas [Último]
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n@ny
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No PF desde: 15/04/2010

Vcs ficaram sabendo da novidade ?Nossos ilustres representantes politicos votaram a favor do fim do 13º sálario!Eu não sei a opinião de vcs ,mas a minha é que, para mim essa grana é importante,e com certeza os politicos poderiam cortar algum beneficio que eles recebem(e que não são poucos )ao invés deste que me beneficia.O que vcs acham?Ja foi votado pela cãmara ,agora falta o senado votar.


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Eu concordo com vc, tbm... Beijos


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Vejamos.


Se não estou louca, ouvi em algum lugar que esse projeto de lei é uma ficção, mas, caso seja real, e caso fosse aprovado pelo Congresso (o que eu duvido especialmente em ano de eleição), tal aprovação certamente seria vetada pela presidência da república. O 13o. salário não beneficia apenas o indivíduo, mas todo o setor econômico em cascata e, por consequencia, beneficia o próprio governo.


Dito isto, tenho uma opinião extremamente polêmica sobre o assunto. Sou contra 13o. salário e também contra 1/3 sobre férias remuneradas. E digo porque. O empregador me paga pela minha produção, pelo meu trabalho. Por que diabos eu deveria ser paga por período no qual eu não produzo? O ano tem apenas 12 meses, não 13. Não há receita proveniente da produção de um 13o. mês. Assim como o mês tem 30 dias e não 40 para que as férias sejam pagas por esse último período. Além do funcionário não estar produzindo durante o mês das férias, ele ainda recebe mais por isso. É ilógico demais pra mim.


Para cada R$ 100,00 pagos a um funcionário, a empresa paga R$ 102,00 em encargos e obrigações trabalhistas como o 13o. e abono de férias. Por conta desse paternalismo todo, a iniciativa privada não cria mais postos de trabalho e não eleva o nível de salários. E aí temos a situação em que alguns tem salários mirrados e contam com os \"benefícios legais\" para equilibrar as contas, enquanto uma imensa parcela não tem salário algum e muito menos esses tais benefícios.


E hoje nem dá pra levantar a bandeira do \"direito do trabalhador\" ou dizer que o trabalhardor brasileiro não viveria sem esses benefícios, porque metade da força de trabalho do país está no mercado informal, onde já não existem esses benefícios. Metade dos trabalhadores do país já aprederam ou estão aprendendo na marra que dinheiro a mais no final do ano ou férias dependem do quanto o indivíduo é capaz de administrar o próprio trabalho e o próprio dinheiro ao invés de jogar essa responsabilidade para o empregador ou o governo.


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n@ny
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No PF desde: 15/04/2010

Devo acreditar que esta é aopin ião de um empregador e não de um empregado.Pois com o salario que recebemos (os assalariados),acho dificil abrir mão de um a mais.Falei da minha opinião,da diferença que fará no meu orçamento no final do ano.E mais não entendo de politica e administração,entendo de salario de fome.Qto vc recebe?Com certeza não é o minimo,e se for e ainda assim pensa desta forma ,ao menos me ensine como multiplicar o meu ,que tbm abro mão do 13º


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

N@ny,


Na verdade, sou autônoma. Não tenho empregador e também não emprego ninguém. Se trabalho, recebo. Se não trabalho, não recebo. Mas já fui assalariada por muitos anos e sei muito bem como é a situação de quem conta com o contra-cheque no final do mês.


E entendo que essa seja a sua opinião sobre o assunto. Não a condeno nem a desmereço. Apenas tenho uma opinião diferente, pautada por uma visão diferente.


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Aliás, já que o nome do site é \"Preciso Falar\", não vou me furtar a um comentário.


Acho extremamente lamentável que toda e qualquer crítica feita aos atuais \"direitos trabalhistas\" seja vista como um ataque pessoal e direto àqueles que estão sujeitos a tais direitos.


Por mais que se queira acreditar no contrário, nossa lei trabalhista não é perfeita e está, sim, sujeita a críticas. Isso não significa que os trabalhadores sejam alvo intencional dessas críticas. Um diálogo mais aberto e transparente sobre as leis e seus efeitos em médio e longo prazo sobre a vida do próprio trabalhador seria muito mais construtivo.


Infelizmente, essa postura defensiva assumida por uma grande maioria, impede que avanços sejam alcançados nas relações de trabalho.


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claraluz
No PF desde: 17/01/2010

É, Carla... que bom pra você que é assim, ser autônomo é uma liberdade sem fim!! Trabalhou, ganhou, a lógica mais simples que existe. Faz sentido.


Levando em conta que os assalariados pagam em torno de 4 meses de seus salários apenas para pagar tributos, eu acho que seria demais cortar abono de férias e 13o, até porque os tributos comem esses acréscimos igualmente.


Você é da opinião que \"já que eu não tenho, queria que os outros não tivessem também\"? Meio mesquinho, mas se o mundo pagasse o que a gente acha que teria direito, que a gente acha que vale nossa hora, nossa produção e sobrasse para um descanso anual... seria mesmo bom que diminuíssem os encargos das empresas, só com a supressão desses acréscimos seria uma boa economia!

Pena que não é assim que a banda toca.


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Srtª Quinn
No PF desde: 12/03/2010

Carla, tu pensa assim por que é autônoma, se tu trabalhasse registrada, se matando de trabalhar o ano inteiro para ganhar nem 1% do lucro que gera pra empresa, pensaria bem diferente...


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Themis
No PF desde: 18/09/2009

Já tinha ouvido falar que isso era papo furado... mesmo assim, me admira que parta deles, que recebem 13º, 14º e 15º salário!! Deveriam cortar os excedentes, já que além da altíssima remuneração que recebem, têm, ainda, um monte de benefício, fora as malas, os dinheiros nas cuecas e os mensalões...


Além disso, a gratificação natalina, assim como 1/3 de férias, é um direito constitucionalmente previsto, eles não tem como modificar isso!!


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

Claraluz e Sta. Quinn


Vocês se enganam. Não acho que porque eu não tenho, outros não devem ter. De fato isso seria mesquinho, pobre mesmo. Não é essa a minha lógica. A diferença é que minha relação de trabalho é muito mais igualitária. Sim, tenho o privilégio de não ser forçada a lucrar para outra pessoa. Mas isso também tem um preço.


E eu também tenho carga tributária alta. Ou acham que autônomos não pagam impostos de todos os tipos? Eu recolho 20% sobre o teto para INSS, e não um máximo de 11% como pagaria se fosse assalariada. E os 8% sobre salários, referentes ao FGTS, recolhidos exclusivamente pelo empregador, sou eu quem recolhe para mim. Nem vou falar de IRRF porque chega a e ser covardia.


A única coisa que eu defendo é que a relação de trabalho entre empregadores e emprgados poderia ser muito mais justa para ambos os lados se houvesse disposição para o diálogo sobre o assunto.


Minha posição não vem do nada nem da minha condição diferenciada em termos de trabalho. Como eu já disse, já fui assalariada, sim. E nos meus tempos de carteira assinada, trabalhei com sindicatos de trabalhadores. Minha visão mudou depois disso, porque eu vi in loco que as condições trabalhistas nesse país não mudam, não porque os \"monstros empresários\" não deixam, mas porque existe uma espécie de \"cúpula\" supostamente defensora dos interesses de trabalhadores, que na verdade tem interesses altamente excusos.


Numa análise um pouco mais profunda, menos apaixonada e voltada exclusivamente ao indíduo, fica claro que a coletividade dos trabalhadores se beneficiaria imensamente de mudanças nesse paternalismo que hoje vivenciamos. Interessante também lembrar, que os países mais economicamente desenvolvidos não contam com leis trabalhistas como as nossas.


Mas como eu já disse e repito, mesmo que uma lei que eliminasse benefícios trabalhistas fosse aprovada, seria automaticamente vetada pela presidência da república, seja ela qual for. Portanto, não há com o que se preocupar. Mais além, reitero que essa é só a MINHA opinião. Sem a intenção de atacar a quem quer que seja e muito menos de dificultar a vida de ninguém. Apenas quis participar do debate.


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claraluz
No PF desde: 17/01/2010

Quote:
Interessante também lembrar, que os países mais economicamente desenvolvidos não contam com leis trabalhistas como as nossas.


É verdade, Carla. Lá as pessoas, inclusive as que trabalham para as empresas, ganham as horas trabalhadas em acréscimo no salário, não em folgas compensadas como já tive que aceitar em certo emprego. Aí, sim se mede trabalho por produção independentemente de ser autônomo ou não, basta ser competente e o trabalho está garantido e basta trabalhar mais para ganhar mais.


Viva a meritocracia!