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Adolescentes e internet: como controlar?
qua, 24/11/2010 - 11:52
Duas meninas foram mortas e decapitadas em Salvador
Em 22/11/2010 às 04:18
Os corpos de duas adolescentes de 13 e 16 anos foram encontrados, pela polícia, decapitados na madrugada deste sábado (20), em Salvador (BA). Segundo a polícia, Gabriela Alves Nunes de 13 anos e Janaína Brito Conceição de 16 anos estavam desaparecidas há alguns dias. Os corpos foram enterrados na tarde deste sábado (20).
O delegado titular da 4ª Delegacia da Polícia Civil de Salvador, Omar Andrade, afirmou que os corpos das adolescentes foram encontrados numa rua do bairro San Martin e que próximo ao local um carro foi abandonado com portas abertas e porta-malas sujo de sangue. “Os corpos foram deixados lá, mas as adolescentes não foram trucidadas no local”, afirma o delegado.
Segundo ele, a família recebeu uma ligação com pedido de resgate. Algumas pessoas foram ouvidas. “É muito cedo para dizer alguma coisa, mas estamos investigando o caso”, diz.
O padrinho de Janaína, Ricardo Menezes, disse que as adolescentes eram vizinhas e amigas e fugiram de casa na quinta-feira (18). Um bilhete foi deixado por elas afirmando que estavam bem e que não era para as famílias se preocuparem. “A mãe de Janaína ligou para o celular dela, mas não atendeu, até ela que retornou a ligação dizendo que estava bem e que não queria que ninguém fosse atrás dela”, disse.
Disseram que sabiam que eu era policial e por isso queriam duas armas e R$ 50 mil como resgate.\"
Ezardival Bassalo, pai de Janaína
Ezardival Bassalo, pai da jovem, contou que na sexta-feira (19), prestou queixa de fuga na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e ao Adolescente (Derca) acompanhado de Ricardo. Neste dia, o padrinho disse que conseguiu um último contato com a afilhada.
“Uma pessoa teve que se passar por uma amiga dela para eu conseguir falar. Ela não quis dizer onde estava. Só falou que os pais pegavam no pé dela, que ela queria sair para curtir e não queria voltar para casa. Vi que estava irredutível e pedi que ligasse caso precisasse”, fala.
O pai de Janaína, que é policial militar, conta que no mesmo dia, recebeu ligações com pedido de resgate “Disseram que sabiam que eu era policial e por isso queriam duas armas e R$ 50 mil como resgate”. Ele conta que conseguiu rastrear o endereço de onde pertencia o celular e afirmou que o local era o mesmo onde as adolescentes foram encontradas mortas. Ele afirma que sempre preferiu que a filha não saísse sozinha com as amigas, por isso ele ou a esposa sempre a acompanhava.
Foi uma brutalidade. Por que essa violência?\"
Cosme Raimundo Paranhos, avô de Gabriela
Gabriela Alves Nunes de 13 anos morava com os avós. Cosme Raimundo Paranhos, avô da adolescente, disse que soube que as meninas haviam fugido quando chegou do trabalho na quinta-feira (18). No outro dia, também receberam a ligação com o mesmo pedido de resgate Gabriela falou com a avó. “Ela disse que tinham cortado a testa dela e ameaçaram decepar o pescoço”, conta Cosme.
Ele afirma que a neta sempre utilizava internet e acha que ela conheceu pessoas erradas nos sites de relacionamentos, apesar de sempre orientá-la. A esposa dele está em estado de choque. “Ela está em estado de choque. Foi uma brutalidade. Por que essa violência?”, pergunta o avô abalado.
Elas foram enterradas na tarde de sábado.
Fonte:http://www.ancomarcio.com/site/publicacao.php?id=34774
:dry:
Pessoal,
Por mais que o tema encha o saco, mais uma vez adolescentes foram vítimas de pessoas mal intencionadas do meio virtual. Desta vez, infelizmente, a crueldade com que foram mortas chocou muita gente. Diante disto, mais uma vez me pergunto: o que pais podem fazer para que seus filhos e filhas evitem certos perigos? Será que a falta de vigilância e o acesso irrestrito tem sido os grandes responsáveis por casos como estes?
qui, 25/11/2010 - 08:44
#2
Sigo a mesma linha de raciocínio do Mauro. O grande problema é que alguns pais não impõem nenhum limite aos filhos, outros acham que impor absolutamente tudo na base do \"porque sim\" é a solução. Muitos problemas desta natureza seriam evitados se os pais dialogassem com seus filhos, conhecessem seus filhos, impusessem limites, mas sempre explicando as razões.
O que ocorre é que ser pai, de verdade, dá um enorme trabalho, é emprego full time sem dia de folga. E é isto que muitas pessoas não entendem. Ficam felizes da vida quando os filhos estão perdidos na internet, porque aí tem mais tempo de desligar seu cérebro na frente da novela das oito.
Eu sempre vou achar que diálogo e jogo limpo vale muito mais que policiamento, contole parental, estas coisas. Mas isto dá trabalho.
qui, 25/11/2010 - 09:00
#3
Educação tem que ter amor, discplina e carinho, Se os pais enisarem isto aos seus filhos, histórias como estas seriam evitadas.
O problema é quando os pais são desprovidos das qualidades acima. Como um analfabeto irá ensinar alguém escrever? É Complicado... uma bola de neve.
qui, 25/11/2010 - 09:21
#4
Com essa profusão de MSN\'s, GoogleTalk, Orkut, Facebook, Twitter e etc., se eu fosse pai hj em dia, só deixaria meu filho na internet quando eu estivesse em casa monitorando. Portas abertas e nada de tela virada pra parede. Isso inibe o comportamento do internauta que tem algo a ocultar.
Há muitas armadilhas na internet hj em dia e as principais vitimas são as crianças, ainda mais quando há pais - a maioria - que não entenderam ainda que ser pai é um trabalho diário e sem folga, como disse o Caronte ali em cima.
qui, 25/11/2010 - 13:39
#5
Júpiter, pretendo fazer bem isso que vc escreveu.
qui, 25/11/2010 - 14:01
#6
É Laurinha, só assim mesmo. Olhos bem abertos. Tá cheio de sacana por aí, só esperando o próximo desavisado.
sab, 27/11/2010 - 10:20
#7
Nossa, isso que aconteceu é atitude de psicopatas. Não bastou matar as vítimas, teve que decapitá-las também?
Chega-me a dar raiva toda vez que fico sabendo de casos assim, cruéis.
Agora, existem seres promíscuos, como certas crianças, pré-adolescentes etc. E isto vai muito do ambiente em que as crianças cresceram, a atitude dos pais em relação à educação que dá aos seus filhos etc. Depois, não adianta os pais chorarem pelo leite derramado. Eu sou a favor em criar os filhos para o mundo, desde que vivam nos limites que os próprios pais puseram.
Com certeza, as gurias que foram mortas cooperaram para o fato, ou seja, favoreceram para que o crime acontecesse. Elas simplesmente foram, na empolgação, ao encontro dos supostos \"rapazes\" ou \"rapaz\". O que fico com nojo mesmo é a atitude dos assassinos em agir, não satisfeitos em apenas matá-las, quiseram também trucidá-las. É para cidadãos assim que não acredito numa recuperação em sociedade. É para cidadãos assim que a pena de morte seria válida, apesar de eu não ser a favor em sua totalidade (expliquei sobre o que acho disto no tópico de \"Pena de morte...\"). Mas, psicopatas não têm chance de cura. Não mesmo.
sab, 27/11/2010 - 11:44
#8
Será que existe controle completo? Em algum momento os pais não vão conseguir estar perto e ai... O filho está à mercê dos \"larápios\".
É muito triste saber de casos assim... E para mim, isso se deve à falta de limites, de controle dos pais sobre os filhos. Acho que é obrigação dos pais dar o limite, dizer o não. Poxa, crianças e adolescentes não têm noção das coisas, precisam de regras.
Me causa um espanto enorme ouvir coisas como o que ouvi ontem. Vi uma menina de, no máximo, 3 anos, com uma sandalinha de salto. Fiz um comentário para uma amiga que estava ao lado, algo tipo \"olha, de saltinho!\" e a mãe, que eu não conheço, estava perto e disse \"pois é, hj me chamaram na escolinha por conta deste salto. A professora disse que não posso deixá-la usar, mas eu disse que não consigo! Já na hora de comprar, se eu não comprar salto, ela faz escândalo. Eu não tenho controle algum sobre ela\"!
Pessoal... No máximo 3 anos... Vcs acham que quando tiver 12, 15, quem segurará?
É um tema complexo, o que percebo é que há pais que radicalizam suas posições como se isso fosse resolver o problema da má educação dos seus filhos, deveria ser o contrário, se aproximar do filho, conscientizá-lo dos perigos e problemas, com carinho, compreensão, fazer seu filho se sentir amado e respeitado, e não ser preguiçoso, porque educar dá um [****] trabalho, um pai não educa seu filho enquanto assiste TV, tem que levantar e ir até onde o filho estiver, nem que precise fazer isso mil vezes.