Ação judicial proíbe que alunos façam atividades em pracinha de escola

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fiorella
No PF desde: 28/03/2011

Vi essa notícia no através da publicação de uma amiga no face. A maioria das pessoas que comentaram, demonstraram indignação pelo fato da intolerância, por serem crianças em plena atividade escolar. Por coincidência, uma mulher era vizinha da autora da ação e veio defendê-la, dizendo que estávamos vendo só um lado da questão, etc... mas até onde vai o limite entre o o direito pelo sossego e a educação? Particularmente acho insensível da parte da autora, pois tratam-se de crianças em uma ESCOLA! Eis a notícia. Quem quiser ler direto no site, o link é esse: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/11/acao-judicial-proibe-que-alunos-facam-ativid...


"A vizinhança do bairro Moinhos de Vento, na Capital, vive, desde o início da semana, em meio a uma grande polêmica. Decisão da Justiça determinou que a União Criança, escola que funciona anexa ao Grêmio Náutico União (GNU), não faça mais atividades que gerem ruído pelas crianças no pátio.


A medida foi tomada depois que a escritora e vizinha do clube, Cíntia Moscovich, entrou com uma ação contra o GNU. Ela alega que o barulho tem tirado o sossego da vizinhança e prejudicado suas atividades profissionais. A escola União Criança existe há cerca de 30 anos mas, desde 2008, está instalada em uma casa anexa ao clube, na Rua Marquês do Herval, – e lindeira à residência da escritora.


Cíntia, que também comanda oficinas de literatura em sua residência, narra que logo percebeu que seria impossível manter a concentração no trabalho. Afirma que tentou fazer acordo com o clube antes de entrar na Justiça. O GNU nega a informação.


Em torno de 60 crianças estudam na escola, todas com idades entre um ano e meio e seis anos. As atividades no pátio seriam divididas em turmas de 15 alunos, portanto não causariam um ruído tão alto, alega a escola. O local tem um espaço para os pequenos jogarem futebol, com grama sintética, alvo de reclamações da vizinha Cíntia.


A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) foi acionada ainda em 2008, mas não chegou a fazer as medições dos possíveis incômodos sonoros por ter entendido que não se trata de ruído produzido por fontes fixas, que são fiscalizadas pelo órgão. O processo, por ser da área do Direito de Vizinhança, foi tratado pelo Poder Judiciário.


A ação foi vencida em primeiro grau e confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) depois de realizada uma perícia que concluiu que “o ruído médio é muito acima do valor máximo estabelecido pela legislação vigente”. Além de proibir o barulho, a decisão determinou que, cada vez que houver episódios de ruído acima do permitido, o clube pagará uma multa de R$ 5 mil.


— Foram quatro anos de lutas, houve discussões intermináveis acerca do direito individual, do Plano Diretor e da cidade como um lugar de todos. Uma perícia técnica demonstrou níveis que ferem em muito os valores de barulho permitidos pela legislação, e contra isso não há o que fazer — alega Cíntia.


Clube diz que decisão pode abrir precedente


O superintendente do clube, Myron Moraes, lamenta a decisão da Justiça e alerta para o fato de que essa decisão pode gerar um precedente, onde outras escolas infantis podem ser prejudicadas e tenham de mudar de lugar.


— A escola é pequena, o ruído não é uma coisa absurda. Teremos que privar essas crianças de brincar no pátio, o que vai representar uma queda na qualidade do ensino — diz.


Uma reunião entre a direção da escola e os pais de alunos foi realizada nesta semana. O ano letivo de 2013 está garantido, pois muitas crianças já estavam com as matrículas feitas. As atividades de recreação devem ser transferidas para a área do clube.


— No entanto, se continuarmos com essa configuração, não podemos garantir o ano de 2014. É bem provável que tenhamos de fechar a escola — afirma Moraes.


Uma corrente formada por pais de alunos e ex-alunos foi formada nas redes sociais, tentando impedir o fechamento da escola."


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Que absurdo.....


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Ro Samy
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No PF desde: 24/11/2012

Muito me admira, uma escritora, querer que dezenas de crianças fiquem trancafiadas numa sala de aula...e a liberdade deles minha senhora, de ser criança, brincar, correr e interagir?

revoltante...tinha que ser no Moinhos, reduto de gente esnobe e emproada...


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Melliss@
No PF desde: 28/04/2011

Fiorella,


Então não é em uma pracinha e sim o pátio da escolinha; que estranho a decisão!

Eu conheço mais ou menos aquela região dos Moinhos, mas não sei exatamente onde é o local, talvez haja uma abertura maior para esse tipo de apelação por ser uma área nobre.

Uai, o povo que é solidário fazer passeata em protesto e outras ações repudiando.


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Nandablue
No PF desde: 17/04/2010

Depois que eu tive bebê pequeno em casa, passei a ser muito chata com a questão de ruídos. O bebê precisa de silêncio e tranqüilidade para tirar suas sonecas, caso contrario fica irritado e incomodado. Imagina uma vizinha dessa escola que tenha filho pequeno, coitada! Não ter paz e tranqüilidade na sua própria casa é um inferno. Vizinhança barulhenta, só quem tem pode dizer o transtorno que causa. Seja no Moinhos, seja na Restinga.


Acredito que um meio- termo deveria ser encontrado nessa questão. Impedir a galerinha de brincar certamente nao é solução. Recreação para as crianças na área do clube me pareceu uma ótima idéia. Os pequenos teriam um ótimo espaço para brincarem livremente e a vizinhança não sofreria com o barulho que, como foi verificado, é realmente perturbador.