O que são otites?

No inverno, as infecções no ouvido aparecem mesmo, principalmente nas crianças. Veja como evitar que seu filho sofra com elas

São inflamações e infecções do ouvido, classificadas entre otite externa e otite média. Esta última pode ser crônica, serosa ou aguda. A otite aguda é o tipo mais freqüente em crianças e representa um terço do atendimento médico pediátrico. Estima-se que 70% das crianças com menos de 5 anos já tiveram um episódio da doença diagnosticada.

Por que a doença é mais freqüente em crianças?

A tuba auditiva das crianças é mais curta e horizontalizada, o que facilita a ascensão de germes, causando a infecção. Além disso, as crianças possuem um sistema imune mais imaturo. A otite é bem comum em crianças entre 6 meses a 2 anos de idade e de 4 a 5 anos, mas ela pode aparecer em qualquer faixa etária.

Quais situações contribuem para que a infecção se instale na criança?

Crianças que freqüentam creches e berçários, são amamentadas por pouco tempo, comem deitadas, usam mamadeiras, são alérgicas e as fumantes passivas, ou seja, que ficam perto de pessoas que fumam, estão mais propensas a ter otite.

Por que no frio as dores de ouvido aparecem mais?

No inverno, ficamos muito em locais fechados e cheios de gente, propiciando uma maior incidência de infecções das vias aéreas e, conseqüentemente, o surgimento de otites

Quais cuidados devo ter com meu filho?

No inverno, evite locais fechados e mal ventilados e fuja de quem fuma do lado de criança. O leite materno fornece imunidade natural ao bebê, por isso, se possível amamente exclusivamente até os 6 meses de idade. Proteja-se do frio também, claro. Apesar de a temperatura não causar a infecção, a sensação de gelado agride a pele e agrava a dor.

Graduada pela Faculdade de Medicina do ABC. Residência Médica em otorrinolaringologia pelo Hospital CEMA. Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF). Membro da ABORL-CCF. Especialização em cirurgia endoscópica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. (HC-FMUSP). Médica colaboradora do grupo de rinologia do HC-FMUSP.

Renata Lopes Mori

otorrinolaringologista

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