A notícia esta conceitualmente errada, pois juridicamente pela lei brasileira, estupro corresponde a qualquer penetração vaginal forçada,

portanto apenas mulheres podem ser estupradas.

O abuso sexual em homens é considerado atentado ao pudor, que se refere a penetração [****],

sexo oral ou qualquer contato sexual sem o consentimento da vítima.

Na legislação norte-americana, todos os fatos citados são definidos como estupro.A legislação brasileira caracteriza o estupro como o ato de um homem violentar uma mulher. "O estupro, segundo a lei brasileira, é a conjunção carnal mediante violência ou grave ameaça contra a mulher. Conjunção carnal é cópula pêni-vaginal. O agressor tem que ter [*****]. A vítima tem que ter [******]. A cópula com outras partes do seu corpo descaracteriza o estupro. A violação [****], oral ou interfemural, por exemplo, não é estupro, mas atentado violento ao pudor. Além da [******] (em 1940 o Código Penal foi pleonástico), a vítima do estupro tem que ser mulher. Como não há estupro de homem, a violência sexual ficará sem punição. Remanescerá, neste caso apenas o constrangimento ilegal, que em comparação com o estupro e o atentado, tem pena simbólica. Além disso, aqui no Brasil, só se fala do estupro de homens por outros homens em ambientes marginais, como as prisões. Nos Estados Unidos, as pesquisas indicam que hoje, mais de 10% dos casos de estupro têm homens como vítimas. Mas se na Grã-Bretanha, tão avançada, as estatísticas mostram pífios 342 casos anuais de homens estuprados, e estima-se que 90% dos casos não sejam relatados, imagine-se tocar no assunto aqui abaixo da linha do equador.

De qq forma, a noticia diz respeito a outros países, sei que no Congo estava sendo recorrente por questões militares ou políticas, mas acho que nem chega aos pés do que acontece todos os dias com mulheres de todo o Brasil.

Concordo com a Belle

A maior parte do que se ouve a respeito do assunto, fora o que ocorre nas prisões, são lendas urbanas. O cara que marcou encontro no escuro, chegou no Apto da mulher e era 3, 4 caras, que abusaram dele.

No Brasil, a questão do estupro nas prisões tentou ser enfrentada com a regulamentação das visitas íntimas. É difícil achar dados a respeito do assunto, para saber se funcionou ou não, por ser este um asunto espinhoso e pouco abordado.

Normalmente, ao menos ao que se sabe regularmente sobre o assunto, a violência sexual entre presos deixou de ter uma conotação exclusvamente de satisfação do instinto sexual, e passou a ser mais realmente uma forma de punição, ou de demonstração de supremacia.

É sabido que estupradores tem que ser mantidos separados da população carcerária normal. Quando são misturados, eles invariavelmente são estuprados, eventualmente mortos.

Anos atrás, eu namorei uma menina que estudava Serviço Social, e ela me contou detalhes sobre coisas que ocorriam nos presídios, sabidos por colegas que estagiavam nestes locais. Por exemplo, do detento que, por ter cometido crime leve, recusou-se a participar de rebelião. Foi estuprado por todos os presos do pavilhão onde se encontrava.

Mas é natural imaginarmos que o estupro masculino seja muito menos reportado que o feminino. Por toda a carga simbólica que ele carrega.

Off -topic, mas é interessante registrar.

É engraçado como nós gaúchos carregamos certos rótulos, que se estabelecem muito mais por um tradicionalismo, ou preconceito, do que se tivermos a efetiva realidade por base.

Nós gaúchos somos machistas? Mesmo? No entanto, já tivemos uma mulher como governadora. SP(para exemplificar o estado mais desenvolvido do país) pode dizer o mesmo?

Somos racistas? Mesmo? Já tivemos um Governador negro. Quantos negros já governaram a Bahia?

Não estou com isto dizendo que não há racismo e machismo no RS, é claro que há, e muito. Mas a ponto de sermos destacados no Brasil, nestes quesitos, tenho minhas dúvidas.

Austra:

Se for uma mulher, possuidora de carne rija, porém tenra, deixá-lo em carne viva, como Kate Winslet, voce não daria queixa na delegacia, é isso?