bidonati

Sobre o ter amantes, acho que muitas vezes falta jogo de cintura para os casais aprenderem a não permitir que as picuinhas do cotidiano acabem com o relacionamento.

Como o cotidiano pode enterrar qualquer coisa e ainda propiciar o surgimento de cobranças, mesmices, etc. muitos cônjuges acabam procurando fora por emoções que já não encontram em casa.

Maneiras que encontramos para acabar com certas cobranças: temos uma lista na qual vamos acrescentando as pendências domésticas: troca de lâmpadas, consertos, jardim, etc. Num final de semana que não temos outras coisas mais importantes, vamos resolvendo os problemas da lista, normalmente eu fico de auxiliar, seja do eletrecista, [***]r ou jardineiro.

No final do dia, após a resolução das pendências, ou às vezes em meio a elas, eu aproveito para diversificar: é o dia que fico com o

eletricista, [***]r ou jardineiro. Bem, e se o dia foi de preparar comidas, ou de fazer uma faxina extra, certamente meu marido ficará também com a cozinheira ou faxineira. Também temos, eventualmente algumas tarefas mais glamurosas e funciona do mesmo jeito.

Não sei se isso serviria para outros casais. Mas foi a maneira que encontramos para retirar as picuinhas do cotidiano e isso nos diverte muito. Acabamos tendo em casa o que muitos procuram fora.

Nunca fui amante e nem pretendo ser, mas penso que \'ser amante\' foge ao ideário do senso comum. Nem toda amante é mal amada, mal resolvida ou tem problemas de autoestima. Já vi mulheres e homens bem sucedidos, bonitos e que queriam um sexo gostoso - daí arrumavam amantes e se envolviam somente para ter uma relação prazerosa, sem cobranças, sem contas a pagar, sem pijamas largos, cervejas espalhadas pela casa ou unhas por fazer.

Acho que não é possível tecer um perfil de quem é amante, já que pessoas fazem coisas similares, mas por motivos diferentes. Assim como um amante pode ser alguém que tem medo de assumir compromissos, ele também pode ser um cara bem sucedido que se interessou pela mulher e se submete à condição de \'outro\' (colocando tudo em termos femininos, mas vale o mesmo para os homens).

Enfim, eu adotei a solução similar à da Iani: o meu namorido é o meu amante. Felizmente, temos uma relação em que a conversa é frequente e não fazemos jogos quando algo não vai bem: se algo está errado, precisa ser resolvido e é isso que se faz quando se ama. Não admito que um casal que diga que se ama resolva fazer jogos, criar picuinhas. Não somos adultos, onde está nosso bom senso, nossa razão?

A meu ver, se um casal se submete a jogos para tentar extrair do outro um comportamente, falta diálogo, ou seja, falta o maior pilar de uma relação. Se não há diálogo, pode-se chamar essa junção de dois uma relação amorosa?

E o problema desses jogos é que muita coisa importante deixa de ser dita e muitos acham mais fácil encontrar alguém fora de casa - alguém que sempre estará cheiroso, sempre te chamará de linda e gostosa e sempre te dará aquele abraço apertado e o beijo maravilhoso após o dia de trabalho pesado. Sim, isso é o mais fácil. Difícil é olhar todos os dias para quem dizemos amar e exercitar o amor, a paciência, o diálogo. Se soubermos levar, enquanto houver amor mútuo, uma relação pode ter o mesmo frescor do comecinho - tá, o sexo pode cair de 7 vezes no dia para 2, mas será igualmente delicioso. rs

Olá a todos!

Penso que há muita mistura de conceitos nessa coisa de A AMANTE, A OUTRA, A VAGABUNDA-DESTRUIDORA-DE-LARES-FELIZES, A INTERESSEIRA; ou então pensamos que é a mulher fatal, belíssima, escultural, com a qual nos dói não poder competir com ela em termos iguais...

Acho que a maioria de nós mulheres pensa assim.

E tem do todo tipo: gordas, feiinhas, pobres, sua melhor amiga, aquela que voce jamais desconfiaria, aquela que não aparenta, etc.

Acredito que os homens é que tem que responder por que nunca decidem entre a amante e a esposa.

As mulheres geralmente se adaptam à decisão deles, quase sempre por amor.

É o que eu penso.

Boa sorte a todos!

JGabriel,

1º No caso da traição, é necessário a pessoa ser sincera com o que quer. Se o cara, ou a cara, quer ter uma adrenalina, uma aventurinha, um sexo por sexo. A traição pode ter \"um função terapeutica\". Não é correto moralmente, mas pelo menos a pessoa não fica \"criando\" teorias mirabolantes e paixotes.

2º O pior ainda é que fica fantasiando e coloca o amante como a tabua de salvação.