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Diário de uma grávida
Descobri que estava grávida, em meio a um tratamento contra depressão, após 5 meses da minha mudança de uma capital para o interior, pelo fato de meu marido ter sido aprovado em um concurso. Estava adorando a idéia de morar em um lugar diferente. Pedi transferência no trabalho e lá fomos nós começarmos uma nova etapa de nossas vidas.
Assim que nos mudamos eu ainda estava de férias, mas no mês seguinte comecei a trabalhar e aí começaram os problemas. Parecia até que eu estava em outra empresa de tão diferente que era o trabalho, horrível!
Depois de dois meses trabalhando e muito insatisfeita sofri um acidente de carro na volta do trabalho para casa, o que agravou bastante o meu estado depressivo. Procurei ajuda, comecei a me tratar e fiquei de licença por quatro meses, mas no fim acabei pedindo demissão do meu emprego, pois já não suportava.
Quando descobri que estava grávida fiquei super feliz e o meu marido idem. Mas junto com a felicidade veio a angústia. Eu tive que parar de tomar a medicação no mesmo dia, já estava com seis semanas de gravidez.
Eu sempre idealizei minha gravidez, achava que ia ser o máximo, que eu ia curtir muito, etc. Nós estamos casados há nove anos.
Acontece que com a falta de medicação e os sintomas da gravidez eu quase enlouqueci.
Todo mundo fala que gravidez é uma coisa maravilhosa, que é ótimo estar grávida. Infelizmente pra mim não foi assim. Segue uma lista de sintomas:
- Carência e muita saudade da família, já sentia saudades antes da gravidez, mas não me incomodava, depois ficou quase insuportável. Meu marido é ótimo, um super companheiro, mas eu tava sentido falta de um colinho de mãe;
- Desde o começo eu sinto bastante dor nos quadris, e na perna esquerda, cheguei a fazer um exame para saber se estava com inflamação em alguma veia, mas graças a Deus estava tudo bem;
- Eu enjoo até hoje (estou entrando no oitavo mês) e tenho que tomar medicação para não passar mal. Mas até o quarto mês nenhuma medicação adiantava. Eu chorava de desespero, por causa do mal estar. Eu enjoei de tudo quanto é cheiro, perfume, desodorante, creme hidratante, shampoo, condicionador, produto de limpeza, temperos, café. Enjoava até de mudar o canal na tv, enjoei das cachorras, enjoei de algumas pessoas, enjoei do cheiro meu banheiro, do ar-condicionado, tudo me dava enjoo, daí o meu desespero, eu não aguentava mais. Eu só comia por causa do bebe, cheguei a enjoar até de água. Eu tinha medo de ir na casa das pessoas e sentir algum cheiro e passar mal, então eu fiquei muito tempo sem sair de casa;
- Dores nos seios;
- Cansaço;
- Meu cabelo ficou horrível;
- Enchi de espinhas;
- Eu que sempre fui vaidosa não tenho ânimo de me arrumar, por isso evito de sair de casa e virei quase uma anti-social;
- Dificuldade para respirar, tenho que dormir praticamente sentada;
- Desenvolvi síndrome do pânico e tive que voltar a tomar a medicação no sexto mês de gravidez;
- A tristeza era tão grande que até a vida perdia o sentido.
Depois que recomecei com a medicação estou bem melhor e já consigo curtir meu bebe.
No fim, eu amo muito meu filho e agradeço a Deus a dádiva de ser mãe. Sei que vale muito a pena passar por tudo isso para tê-lo em meus braços, mas a experiência da gravidez está sendo um pouco traumática.
Só queria desabafar um pouco, não me entendam mal... :unsure: obrigada.
As vivências de cada gravidez se relacionam com o momento particular vivido por cada mulher. É possível que se você tivesse engravidado em outro contexto, tivesse sentido menos sintomas desagradáveis.
No final da gravidez, é muito comum haver certa dificuldade para respirar, principalmente deitada. Às vezes, mudar de posição (tipo dormir de lado) ou elevar a cabeceira da cama pode auxiliar a dormir melhor.
Mas o mais importante mesmo é que você esteja sentindo-se melhor agora. Se possível, utilize um pouco de seu tempo para atividades agradáveis, tentando focar nas coisas boas do período e não apenas nos problemas.
A gravidez é passageira, mas a maternidade é para sempre. Por isso, tente ficar bem, pois isso tratá benefícios tanto para você quanto para seu filho.
Mami, não sou mãe. Pretendo ser, mas ainda nãó é chegada a hora. Porém, converso bastante com minh madrasta mãe de 3 filhos) e ela me disse que o estado emocional da mulher quando gestante fica em frangalhos, pelo menos o dela sim. Ela chorava por tudo, sentia saudades da família, quando ia visita-los se enjoava em 15 minutos e voltava. Chorava vendo novela, filmes até comercial, se sentia só (mesmo acompanhada) e comer não fazia parte do vocabulário dela. Ela se senjoou até do meu papys.
Ou seja, é normal em algumas mulheres se sentir assim durante a gravidez. Ela disse que depois que nasceu, tudo voltou ao normal.
Mami,
Eu me mediquei com sertralina durante a gravidez (lá pelo 8o mês). A justificativa do ginecologista e do psiquiatra foram exatamente essa: que pesando a situação toda, vale a pena a mulher investir em sua saúde mental para não piorar no puepério. Antes, como vc havia me tratado com homeopatia e seria injusto d e minha parte dizer que não surtiu resultado. O problema é que os resultados da homeopatia, sobretudo em casos mais graves são mais a médio e longo prazo.
Não me arrependo de nada, foi a melhor decisão que pude tomar, meu filho nasceu lindo e saudável, pude amamentar normalmente e o melhor, estava bem melhor quando o recebi em meus braços.
Que bom Mami, que vc pode trocar ideia e experiências com outras mamães (e papais) por aqui, tenho certeza que irá superar tudo isso, e prepare-se para uma grande emoção em sua vida, daqui 2 semanas ganho meu segundo bebê e cada gravidez diferente, posso te afirmar, tenha consciência também, que terá muito trabalho pela frente, mas cada sorriso e abraço desses pitocos nos levam ao céu, bjooo e felicidades!
Mami, espero que a minha não seja tão turbulenta assim.
Mas se for, tentarei pensar sempre no pimpolho, né!
Dudy, parabéns adiantado. :)
Eu achei estranho tú teres que parar com a medicação para a depressão no período de gravidez. Minha esposa toma e não precisou parar. A médica que a trata disse que não interfere na criança e faz bem à mãe. Tem inúmeros casos semelhantes ao teu aqui de foristas mulheres que tomam medicação e elas podem corroborar o que estou dizendo. Ainda bem que passou e agora podes curtir teu filho, ciente de que ele é um presente de Deus. Portanto, a responsabilidade do casal é cooperar para que \"ele cresça em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.\" (Lucas 2:52)