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Frustração e dor profunda
Olá!
Vim parar ao Brasil por estar casada (2004-2011) e tenho uma filha maravilhosa de 8 anos desse matrimónio. Houve muitas complicações mas eu sempre colocava desculpas para lutar porque queria muito ter a minha família, mesmo que contra tudo e todos, porém só quando aqui cheguei é que percebi a realidade de ter sido conveniente e a farsa. Depois de ter conseguido vender, transferir tudo para a família e etc, despediu-me do casamento. Entrou com o divórcio, difamou-me e claro conseguiu a filha à guarda (compartilhada). Decidi lutar, mesmo que seja para provar à minha filha (ou a mim) quem realmente sou.. Há 5 anos aqui, eu e este Brasilzão apanhando gratuitamente da vida.
Entretanto, o acaso apresentou-me a um viúvo (B) que tem uma filha da mesma idade e ironicamente a dificuldade deles aconteceu no mesmo período. Ficamos amigos e de certa forma nos ajudando mutuamente. Procurei trabalho na cidade dele a 150km e vivemos juntos 10 meses (eu, ele e a filha dele) porém descobri duas vezes que a atenção/carinho era dividido com outra mulher. Doeu profundamente, voltei de imediato para o meu cafofo de 3m a 150km e continuei a luta.
Antes de ir, procurei conforto nos "sogros" do (B) pois senti que devia uma justificativa aos avós da criança e precisava desabafar. Reagiram mal e desde então não me falam. Passou-se um ano, e nesse tempo todo, (B) determinou em me (re)conquistar e trazer de volta para que formassemos uma família. Quiz acreditar, inclusive preparar para trazer a minha filha, pois tudo fica mais leve quando estamos os quatro e na cidade do Ex. é tudo muito difícil.
Sempre faziamos várias coisas em conjunto e todos se sentiam bem, em harmonia. Agora passo horas sozinha, 6 meses se passaram e a situação só piora. Existe uma relação "bolha" entre (B)+Filha que ninguém entra na "bat-caverna" (como orgulhosamente falam) pois se "auto-protegem" mesmo quando ninguém os "ataca" e lá é onde eles se divertem. A Filha(B) vai mal na escola (desde sempre), foi encaminhada a tratamento e recentemente começou a desenvolver princípios de anorexia. Nós conversamos muito mas ele desmente tudo isso fugindo, camuflando, ignorando e eu mesma acabei forçando a barra para conseguir resgatar a Filha(B). 2 meses depois já apresenta sintomas de melhorias físicas, mas existe a MENTIRA por todo o lado. Sei que a criança fala ter medo de mim, porque até ao momento fui a única que impos regras e sou firme. Mas também sei que dificilmente a criança fará algo que não vê o pai fazer.
Cada um de nós já teve acompanhamento psicológico individual, porém foi-nos dito que nós estamos bem. A Filha(B) só agora está em tratamento.
Mas tudo isto é MUITO para alguém que está longe de tudo/todos (família, amigos, cultura, etc) e onde aqui TUDO é diferente. Sinceramente sinto-me desgastada, sem animo e pondero voltar para o meu país, sendo que terei de recomeçar do NADA. Mas para ajudar, acabei de passar num concurso aqui onde trabalharei em algo que tanto queria.
Amo-os muito, tenho consciencia da realidade e do impacto em nossas vidas mas sózinha não consigo!
Agradeço a cada um que leu esta história e me dedicou alguns minutos para comentar de alguma forma.
Beijos no coração!
Enquanto vc não conseguir caminhar sozinha, sem depender de alguém para ser feliz, sua vida será um mar de frustrações.
Olá, LM. O que eu vou te falar pode até ser um conselho egoísta, mas pelo menos leia, pra ter outra visão do seu problema...
Essa família neurótica NÃO é a sua!!! Em poucos momentos do seu post vc comentou sobre sua filha, por exemplo. A situação com ela (a sua filha) já está resolvida? Vcs se dão bem de longe? Se sim, que diferença faz estar aqui, longe da sua família e da sua cultura ou estar lá de onde vc veio? (Portugal? Angola? Outro lugar?).
A gente tem mania de ficar arranjando problemas e sofrendo pelos outros, que muitas vezes nem merecem. Vc tenta ajudar seu atual companheiro e a filha dele e recebe ingratidão e mentiras. Mas este sofrimento é OPCIONAL na sua vida: vc só continua se quiser. Seus vínculos e compromisso com essas pessoas não são fortes. Vc não é CASADA com ele, não é MÃE dessa menina. Então, filha, larga esse povo maluco e vá viver sua vida.
Eu não sei de onde vc veio, mas se profissionalmente o brasil te deu uma oportunidade que vc quer aproveitar, assuma seu cargo no concurso e re-escreva sua história. Caso contrário, volte para suas origens. Começar de novo NÃO é feio e pensando bem, vc estará começando tudo por aqui por essas terras também.
Seja feliz e deixe a vida seguir, que logo vc encontra outra pessoa, quem sabe menos complicada pra te amar e te fazer feliz.