Pensata de leve...

Em outubro deste ano a humanidade romperá a barreira dos 7 bilhões de habitantes; muito em virtude dos avanços na área médica que possibilitam um adicional importante na expectativa de vida.

Se comemoramos o mérito de vivermos mais, existe também a preocupação com os desafios sociais que são renovados a cada nascimento ; afinal, a sustentabilidade vai passar de slogan de banco \"mudernerte\" para real dilema de sobrevivência para todos de nossa espécie.

Os números e os fatos que gravitam em torno dos \"sete bilhões\" são realmente impressionantes: enquanto estamos aqui praguejando contra o IPVA alto que vai tolher alguns programas interessantes no mês, existem pessoas que caminha dezenas - e até centenas - de km\'s para conseguir comida em acampamentos da África fustigada pela seca; e crianças são deixadas pelo caminho...e nos achamos tão importantes e definitivos!

Se lermos livros como The Stand, de S.King; veremos que existe um mal disfarçado alívio dos sobreviventes em herdarem a Terra livre dos \"gafanhotos humanos\"....na década de 30 - se não me engano - Monteiro Lobato escrevia em tom de deboche, nas palavras de Vovó Benta, que a humanidade inteira poderia ser colocada em uma caixa de 2km em cada aresta e jogada no Grand Canyon. Hoje , essa caixa seria maior, talvez só as Fossas Marianas poderiam servir de adequado túmulo para toda a estirpe humana.

Não, não estou dando sugestões...mas é importante ressaltar que sempre existe o medo do excesso, do até quando a Terra vai suportar e que tipo de mudanças teremos que fazer para não vivermos em uma imensa Los Angeles de Blade Runner.

Fisicamente, somos insignificantes perante a escala planetária....somos como células perdidas em veias capilares do corpo do planeta, umas mais soltas ali, aqui...algumas aglomerações por lá; o que não podemos nos transformar é em unidades cancerígenas que - em motim ou autofagia - sejam arautos de um futuro sombrio a Terra e para nossos herdeiros.

Como fazer? educação, ajuda ao próximo, evitar desperdícios e a cultura dos excessos, consciência de preservação....ficar frio diantes das frivolidades, se concentrar no que é importante, afastar a vulgaridade. Ah as sugestões são diversas e no fundo as conhecemos, mas quando uma nova criança nascer em outubro - especula-se que seja na Índia - estaremos ultrapassando mais uma barreira e abraçando mais um desafio.

Sete bilhões de pessoas, um número tão incrível que nos faz pensar o que nos aguarda na ante sala do futuro, e quanto do nosso destino e o de todos podemos influenciar de modo positivo...