Opressão: Você se senti vítima deste mal?

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Stewie Griffin
No PF desde: 19/10/2010

Uma interessante história nos é contada pelos rabinos. Eles nos relatam que um indivíduo pode ser vítima de roubo ou furto de duas formas: a primeira pelo saque, que é o roubo ou furto expressos na sua forma material e a segunda, de uma forma mais sutil, pela “opressão”. Talvez fique difícil entender como se rouba por opressão, pois associamos sempre o conceito à primeira situação descrita pelos rabinos. Por não sermos socialmente reconhecidos como ladrões, imaginamos que o roubo está longe de nossa realidade. Mas não está. Realizamos roubo, no sentido de praticarmos a opressão, em grande parte de nossas interações como o nosso próximo.

Praticamos roubo por opressão quando, por desleixo ou dificuldade de enfrentar situações, fazemos com que essas pessoas desperdicem tempo (roubo de tempo). Praticamos roubo por opressão quando retemos alguma informação útil para alguém (roubo de informação), pois quando damos uma informação deveríamos nos perguntar, no íntimo, como aconselharíamos para nos mesmos. Praticamos roubo por opressão quando criamos uma expectativa falsa para o cidadão ou quando permitimos a disseminação de informações que possam causar um mal a alguém (roubo de expectativa e roubo de prestigio).

Nossa concepção social aponta e procura punir situações que caracterizam roubo, por saque, mas raramente encontramos ensinamentos ou limites nas transações que envolvem roubo por opressão.


Texto extraído do livro: Administração de Departamento de Trânsito – Desafios e Soluções para a Gestão Pública, de Franklin Azoubel. Paginas 63 e 64.


Achei interessante encontrar neste livro situações parecidas com a qual vivemos em nossos cotidianos, não longe de não associamos a má gestão pública com sua maquina de desperdício de tempo do cidadão, mas de outros meios que também vieram subtrair nosso tempo, oprimindo-nos. E desta mesma forma que também nos rouba, vim elaborar uma lista de supostos roubadores de tempo (ou as maquinas opressoras).


A primeira seria a televisa.

Exemplo:

Programas televisivos de duas emissoras brasileiras, que estão sempre na disputa de quem poderá ser a melhor do que a outra. Mas de uma forma tosca e imunda, ao invés de melhorarem na qualidade de suas programações, investem pesadamente em programas insanos e sem noção.

Falando sobre as duas emissoras, relatarei as suas mais variadas formas de opressão:

Emissora “A”, nela se encontra uma pesada maquina opressora da teledramaturgia brasileira que pendura a mais de 40 anos no ar, com o seu principal enfoque, que é o roubo de tempo do cidadão. Essa forma tosca (que nunca aceita mudar a programação), e que está sempre no melhor horário de sua emissora (horário nobre – assim ditos por tais), onde se encontram um maior numero de telespectadores presos a estes programas, pois não tendo outra opção em TV aberta, o assistiam. Situação que já vem mudando estratosfericamente, pois devido à expansão da internet para populares, vídeos/filmes em DVD (e até mesmo piratas), e TV a cabo com maior facilidade de adesão para as classes B, C e D. Entre outras milhares de formas de entretenimento que o povo encontra em seus horários de descanso diário em seus lares. Causando assim, a recusa em assistirem algo em que não lhe dão mais satisfação.

Emissora “B”, nela se repete a mesma forma tosca de tomar o tempo do cidadão, investindo em programas ridículos, e sem o mínimo de preocupação com a qualidade exposta aos seus telespectadores. Pois os mesmos telespectadores que antigamente eram assíduos da outra emissora A, migraram para esta emissora e as outras demais, em busca de uma melhor qualidade em seus programas - coisa dificílima de encontrar. E por fim, estão deixando de assistirem essas emissoras, por não encontrarem mais algo satisfatório, diferente e novo. Encontram apenas a reciclagem da reciclagem da reciclagem do lixo, que outrora eram vendidos como produto de vitrine.


2° Exemplo:

Cultura gastronômica estrangeira: febre (invasão) de redes de fast-food de grupos americanos na cultura brasileira, pondo em cheque restaurantes típicos de nossas regiões das mais variadas culturas em alimentação, sejam elas em carnes, legumes, frutas, e sobremesas de doces e salgados. Mudando dramaticamente para um único uso de uma maneira pobre e sem diversidade – o Hambúrguer (que contêm alguns destes itens como principais do cardápio único: pão, tomate, alface, queijo e outras besteirinhas sem a exceção de batatinhas fritas - que também engordam muito). Este tipo de alimento rápido veio para mudar o gosto e o costume do famoso almoço brasileiro para o atípico pão-hamburguer, recheado de bobagem, conquistando assim adeptos dos mais variados níveis sociais. Crendo estes, que pertencentes a esta cadeia nova ordem mundial (em alusão ao socialismo soviético decaído), devem por tudo aceitar o tudo que vem deles, desde o papel higiênico usado até o ultimo lançamento da camioneta da Chrysler.

Mas enfim; propagandas em TV, revistas, banners interativos (virtual), out doors e etc... São as suas formas de manter a opressão.

E antes de tudo, nunca se esqueçam que a maioria das redes de fast-food que estão no país, seus holdings não são brasileiras.


Obs: Para quem não entendeu o segundo exemplo, significa mais ou menos assim:

“Eu te oprimo a comer isto”.

...


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Enfim, pessoal...

Quem quiser complementar ou discutir, sintam-se a vontade...


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Si Cal
No PF desde: 06/08/2010

Não me sinto oprimida, e sem brincadeira so qdo querem que eu vista um sapato de salto alto e bico fino eu me sinto assim! Mando a merda e coloco um confortavel :-)


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Stewie Griffin
No PF desde: 19/10/2010

Si Cal, espero que tu não seja assim apenas com o sapato...


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

...


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Stewie Griffin
No PF desde: 19/10/2010

até amanhã,


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Si Cal
No PF desde: 06/08/2010

aHAHAHA com certeza não sou somente com o sapato ;-)