Achei esse texto no site clicrbs, bloglimonada. Interessante já que estamos sempre trocando idéias sobre nossas experiências. Mas sempre achamos que o que estamos passando é maior e pior que a dor do outro!!!!

A dor é só minha!

Era uma manhã de trabalho. Faço uma ligação para uma colega de profissão com o objetivo de confirmar o recebimento de um e-mail. Descubro que sua mãe está muito mal no hospital. Solidário, digo que sabia o que ela enfrentava porque havia perdido meu avô alguns meses atrás. Do outro lado da linha, uma voz seca e amargurada desabafa:

- Não! Tu não sabes o que estou passando.

Toma na minha cara! É isso que dá quando queremos agradar agindo no impulso. Tentei, mas levei bonito "nos dedos". Mas, refletindo depois sobre a situação, NÃO, eu realmente não sabia o tamanho da dor daquela garota. E não pelo fato de um caso se tratar de um avô e o outro de uma mãe. E sim porque a dor era só dela. Essa conversa confirmou algo que já pensava algum tempo. Independente do problema que temos (financeiro, amoroso, físico ou emocional), só nós sabemos o quanto ele nos machuca.

Na real, quando falamos "Eu sei bem como é!" ou "Te entendo perfeitamente!", tentamos amenizar a dor daquela pessoa ousando nos igualar a ela. Tipo: fica frio que eu já passei por isso! A questão é que não existe como sentir exatamente o mesmo que àquele coração abalado que nos comove diz passar! Cada um enfrenta a sua maneira o “leite derramado”. O filho que perde um pai ou uma mãe vai sofrer diferente do irmão, que teve a mesma tristeza. Afinal, cada um amou a sua maneira o ente querido. O amor, embora tenha a mesma fórmula, é vivido diferente. Tudo é muito próximo, mas não exato!

Então, em situações de aflição alheia, por melhores que sejam as nossas intenções, o ideal ser básico. Quem sabe ficar quieto e dizer que está ali para o que a pessoa precisar. Afinal, a dor é só daquela ela pessoa.