A mecânica das paixões: Homem x Mulher

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musa
No PF desde: 12/02/2009

Vi este texto na internet e achei interessante.

No final, há depoimentos de pessoas que já passaram por isso, vale a pena ler.


\"A coisa mais difícil de explicar para uma mulher é a mecânica das paixões masculinas. Ao contrário do que diz o clichê, homens são seres românticos e essencialmente otimistas — o que se reflete inclusive na forma como muitas vezes encaramos compromissos. Homens há muito tempo em uma relação fiel e monogâmica passam por um período de indocilidade porque têm em seu íntimo a sensação de que, ao optar pela fidelidade a uma única mulher, estão perdendo tórridas aventuras com desconhecidas. Uma das características do otimismo exacerbado é que ele é uma forma sofisticada de autoengano, e isso também vale nesse caso: o sujeito que for minimamente honesto consigo mesmo vai lembrar de uma longa sucessão de noites em que simplesmente nada aconteceu lá fora nas grandes pradarias livres da disponibilidade, mas o cara vai fixar sua memória não nessa majoritária série de insucessos, e sim na adrenalina e na sensação sólida de triunfo quando alguma coisa acontecia: quando aquele papo mole deu certo, aqueles olhos se fecharam no momento de um beijo, aquela pele tinha mesmo a textura delicada que havia-se imaginado à fraca luz estroboscópica.


Têm-se falado muito sobre fantasias, e sobre a necessidade feminina de fantasias, e como essas fantasias são elaboradíssimas de pequenas narrativas românticas. Mas homens também fantasiam tanto ou mais, a diferença é de escala. Homens fantasiam variações infinitas de seus próprios grandes momentos, trocando apenas a coadjuvante. Homens fantasiam como se comportariam em situações extremamente íntimas aquelas longas pernas que movem aquele corpo vigoroso. Como seria numa situação de carnalidade selvagem aquela menina etérea que parece não ter os pés sobre o solo. Homens se encantam fácil.


Talvez eu consiga me fazer entender contando um causo de minha própria biografia, pelo que peço imensas desculpas desde já. No início dos anos 2000, igual a muitos da minha idade na época, eu era um frequentador assíduo da Cidade Baixa, vasculhando cada bar novo que abria (e eles abriam um atrás do outro) em busca de duas coisas: um ambiente com um número promissor de mulheres abordáveis e boa música. A maioria, de fato, se contenta com o primeiro, mas eu gostava de música e ainda vivia a nostalgia de meu período musical. Um dia, em um bar que havia aberto na Lima e Silva, na quadra do Zaffari — depois da esquina com a República, para quem vem da Perimetral (e de carro ninguém vem da Perimetral naquele trecho, mas eu andava a pé). Eu e um amigo entramos, atraídos pelo som da banda que se ouvia na calçada. O nome era Dom Peyote, ou algo do gênero, talvez Mr. Peyote, mas não tenho certeza, faz uns bons anos. Algum blues, rock’n\'roll, grandes clássicos, os músicos tocavam bem. Era tarde e eu estava costumeiramente irrigado de cerveja, então foi uma tarefa algo complicada subir até o segundo andar, de onde a música fluía (o bar ocupava uma casa antiga construída para ser uma residência). Mas eu subi, entrei no aposento. E vi a luz…


Não a luz, propriamente, uma vez que o bar era pouco iluminado e a cor das paredes não ajudava muito a refletir a baça iluminação – mas esse tipo de clima em bar é sempre bom, no fim das contas, e o lugar tinha Hendrix e Mick Jagger desenhados em tamanho gigantesco. A luz propriamente dita era a vocalista da banda, uma morena de presença magnética, cabelos longos, castanhos, espessos, que desciam sobre os ombros revoltos e indisciplinados como um cipoal. Ela vestia jeans justos e uma blusa preta também justa, e tinha o tipo de corpo que te faz ajoelhar de braços abertos no meio de um cruzamento lotado: não era magra em excesso e tinha todas as curvas exuberantes necessárias.


E a voz…


A voz dela era como gelo fino partindo, rascante, ganhava o ar como se a guria jogasse as palavras com as maos sobre a plateia. Ela torcia a música até o limite do suportável e nao perdia o tino nem o comando. E se movimentava lasciva, forte, faminta, voraz da atenção que sabia despertar. Um agudo e ela girava. Uma nota mais grave e ela se curvava sobre si mesma, fazendo os cabelos deslizarem em direção às coxas fortes. Uma pausa e ela revoluteava pela palco, com meneios sensuais dos quadris largos – nao confundam, por favor, já falei que ela era exuberante, mas não era gorda. Era daquelas maravilhosas criaturas com farta estrutura óssea preenchida por curvas sinuosas como as das estradas que levam à Serra.


E eu me apaixonei por ela.


O show acabou e a vida seguiu, e eu nunca mais a vi (não sei se a banda acabou, e eu próprio me tornei menos sociável nos anos que se seguiram). Passaram-se anos. Anos em que eu quase nunca pensei nela, meses em que eu nem me lembrava daquela noite. Ela não ocupou todos os dias de meus pensamentos como uma obsessão – a reaçao clássica de todo apaixonado. Eu sequer troquei uma única palavra com aquela menina, cujo nome só fiquei sabendo quando a banda declinou as apresentações de praxe ao fim do show: Mila.


O que interessa explicar aqui é que por um momento, em uma noite da Cidade Baixa, eu me apaixonei por aquela mulher. Como amam os românticos desesperados, grupo ao qual a maioria de nós pertence sem dar muita bandeira disso. Eu me apaixonei por ela devido a tudo o que bailava em meus olhos alcóolicos: a música, a luz baça das paredes avermelhadas, aqueles movimentos hipnóticos, aquela voz. Eu a transformei em uma lembrança de estimação, que acende de vez em quando lá na parede da memória


E aí terminei minha cerveja e fui embora, deixando pra trás aquele encanto arrebatador provocado por uma mulher que provavelmente nunca saberá o que despertou em mim.


Pois é assim que funciona. Há um número enorme de situações em que a intensidade da imaginação não corresponde de modo algum à intensidade da história, mas ainda assim permanece. E por ser difícil de explicar por que isso acontece, e porque há um entendimento tácito de que algo que realmente valha a pena envolvendo uma mulher significa algum nível de intimidade palpável. Mas há ocasiões como essas que guardamos para nós justamente porque, como já escrevi certa vez, é difícil e complexo ficar explicando, então preferimos calar.\"


PAULO ALEXANDRE diz:


Aí está uma diferença entre nós e as mulheres.

Quando apaixonados não explicamos nada…vivemos…intensamente a PAIXÃO.

Já as mulheres conseguem detalhar tudo. Cada segundo, cada minuto.

Nós apenas ficamos BOBOS.

Mas é MUITO BOM ficar BOBO!


Pequena diz:


Concordo que homens e mulheres são muito diferentes…mas me identifiquei com o texto, com essa sensação de ter “vivido” uma história com alguém que sequer tenha me tocado…

Essas tais noites onde o nível alcoólico está mais elevado são propícias pra esse tipo de história, talvez fiquemos mais soltos, quem sou eu pra explicar!

Amei a frase: “Há um número enorme de situações em que a intensidade da imaginação não corresponde de modo algum à intensidade da história, mas ainda assim permanece.”


André diz:


Bah, texto perfeito…

Já perdi as contas de quantas vezes me apaixonei assim, e a guria nunca vai saber (porque não tem que saber)… Quantas histórias que não aconteceram ainda estão tão frescas na memória, dando até saudades de tempos em tempos…


Carla81 diz:


Admirável texto, e admiro mais ainda como vcs homens conseguem viver essas paixões tão gostosamente, nós mulheres ( falando por mim), já criaríamos muitas expectativas em relação a pessoa ( que nessa situação nem tinha notado nossa presença), e quando caíssemos na realidade, cairíamos tbm em depressão…Rsrsrsrsrsrsrs


Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/samba-cancao/2011/07/04/a-mecanica-das-paixoes/?topo=52,1,1,,170,e170


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Adorei o texto


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fiorella
No PF desde: 28/03/2011

Adorei, até compartilhei no meu facebook.


Já passei por coisas parecidas umas poucas vezes. Mas, apesar de ter ficado na lembrança, quase sempre tive vontade de encontrar aquela pessoa novamente e concretizar algo a mais (não necessariamente um compromisso).

Não sei se isso aconteceu com vocês também, meninas!


Será que é por aí mesmo? Queria ler os depoimentos aqui!


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musa
No PF desde: 12/02/2009

Fiorella, nunca aconteceu cmg.


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musa
No PF desde: 12/02/2009

Ngm quer debater sobre a paixão? Pelo menos respondam a pergunta da Fiorella né pessoal...

:/


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Joseph Ketreph
No PF desde: 09/05/2011

Musa,


Já passei por um episódio muuuuiiito parecido (amei a voz da eleita) e nem precisei das brejas pra me apaixonar.

A continuação é que, ao contrário do cidadão, fui atrás, consegui nome , telefone, liguei, convidei, saimos, jantamos, não rolou....e ACABOU.

C´est fini


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musa
No PF desde: 12/02/2009

Joseph Ketreph


Não rolou compromisso né? Mas outras coisitas... (?)


E qdo vc lembra dela, vc sente algo?


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Joseph Ketreph
No PF desde: 09/05/2011

Ah ia esquecendo....alguns anos depois a vi, com muitos kilos a mais( +80k....avaliando sem pressa ) e se havia alguma lembrança boa, se extinguiu por completo...rs!


Anônimo (não verificado)

Nuss... que coisa Joseph...


Em falar em voz ... é algo que engana tambem não ?

Na antiga empresa que eu estava um cliente só realizava os pedidos somente com a fulana... por ela ter uma voz bonita.

Um dia ele foi na empresa conhecer ela... e depois disso ele nem se importava m,ais quem tirava o pedido.

A menina era ou melhor é muito feia.

Ali ele murchou...


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Joseph Ketreph
No PF desde: 09/05/2011

Recebi de uma amiga e compartilho aqui:


APAIXONE-SE


Apaixone-se pela manhã, que em todos os dias te levanta com os pés firmes no chão.

Apaixone-se pelas canções, que mesmo quando todos se calam, elas ainda sussurram o refrão em seus ouvidos.

Apaixone-se pelo hoje, que te faz respirar, enxergar, sentir, viver...

Apaixone por você, pois não existirá ninguém melhor para se amar do que a si mesmo, pois só descobrimos o que é amor, quando nos apaixonamos primeiramente por nós mesmos.

Apaixone-se pela vida, ela é o único presente que você diz que não pediu, mas que jamais deseja perder.

Apaixone-se mil vezes pela mesma coisa, se esse sentimento te faz crescer, apaixone-se cada dia mais e mais.

Apaixone-se pelos dias, eles passam depressa e quando você menos esperar eles já não existem mais.

Apaixone-se por cada conversa, pois ela pode ser definitiva dependendo da circunstância.

Apaixone-se pela dança, principalmente se for a dois, pois ela te faz sentir vivo, capaz.

Apaixone-se por quem te faz sorrir, pois essa pessoa merece muito mais do que você imagina.

Apaixone-se! A vida te presenteia quando você se entrega e acredita no amor.

Apaixone-se pela vontade de amar, pois existirá um momento em que sozinho não dará mais para ficar.

Algumas pessoas sentem medo de se apaixonar, e no entanto não se dão a oportunidade para apaixonar-se por um sonho.

A vida é curta e na entrega ao medo perdemos um tempo precioso.

Apaixone-se por um sonho, acredite que tudo dará certo, pois somente a sua fé trará seu sonho pra perto de você.

Você poderá se perder em meio a uma multidão, mas alguém predestinado irá te encontrar, basta você acreditar.

Você poderá sentir solidão, querer e não ter alguém para compartilhar um desejo... mas acredite, esse alguém está chegando, é que por algum motivo algo o atrasou, mas a sua fé o trará para perto de você.

Apaixone-se, pois uma vida repleta de canções te espera.

E o amor simplesmente virá trazendo consigo uma alma apaixonada.

Apaixone-se, pois no final poderá contemplar a magia de tudo aquilo que teve fé.

Tudo tem hora e lugar para acontecer, basta você confiar, confiar que tudo que aconteceu é merecimento por seus sinceros desejos.

O tempo vai passar, e com ele você irá envelhecer...

E nessa rotina da vida, nunca se esqueça...

Apaixone-se mil vezes por você, seja em qual época ou lugar for...

APAIXONE-SE!

Fabiana Thais Oliveira


Anônimo (não verificado)

Lembrei do filme como se fosse a primeira vez... que ele a conquista e a faz se apaixonar por ele todos os dias.


Gente se apaixonar é tão bom... acho que estou apaixonada...

É algo que te transforma... não de forma doentia.

Mas te deixa mais leve que as coisas começam a se encaixar e a vida começa a dar certo.