Bebida, parentes, amigos... nada é desculpa ou justificativa. Cada um escolhe pra si, de um jeito ou de outro, com consciência o que faz da própria vida. Até largar tudo de mão é escolha, demanda decisão. Ele é adulto, se não sabe o que está fazendo é porque se esconde atrás da bebida, das pessoas nocivas e da situação que ele mesmo cria. Tire da sua cabeça a idéia de procurar culpados externos. Culpado é ELE.

Da mesma forma você, se endividou, casou com um cara que não era o que você pensava ser, tenho certeza de que teve indícios de que ele já era assim, ninguém muda do nada... Na verdade é difícil alguem mudar... Mas isso já é outro papo.

Voltando pra prática; É difícil mesmo. Morar no espaço dos outros é sempre ruim, mas agora já era, é o que tem no momento... Se acerta e sai fora com pé no chão e paciência pra não precisar voltar novamente. Pode crer, sempre pode ficar pior. Seja cautelosa.

Se você só está querendo dar um susto nele, vai dar errado, é perda de tempo. Se está disposta mesmo a mudar sua vida, esqueça esse traste e comece já a definir pra onde você está indo. Acerte seu rumo e mantenha o foco.

Depois, quando você já tiver definido o que quer e pronta pra correr atrás, procure um advogado. Você tendo direito a metade da casa, mesmo sendo junto ao dos pais deles geraria a necessidade dele te pagar um indenização correspondente a sua metade. O que ele pode dar mil voltas e pagar pingado ao longo dos anos. Não conte com essa grana pra se virar, quando vier, se vier, será um extra... Da mesma forma as coisas que são suas provavelmente ele tem direto a metade... talvez ate da sua moto que é ferramenta de trabalho... De uma forma ou de outra, só dá pra chegar a um acordo se ele estiver sóbrio e você certa do que quer e do que está fazendo.

Você é nova, tem muito pra viver ainda, melhor sofrer agora do que arrastar pra depois quando fica mais difícil e caro mudar de vida. Sorte sua não ter filho dele. Evite as "recaídas", é típico em relações que não deveriam nem ter começado ter uma "reconciliação" quando deveria terminar e acabar em filhos que de esperança passam a ser vítimas de um tormento quase sem fim.

Reflita sobre as razões da atitude que você está tomando e não a esqueça, mantenha com você pra relembrar quando se sentir tentada a voltar.

Não sei qual processo mental faz isso, nem como, mas é fato que a distância faz amenizar (ou seria esquecer) as coisas ruins enquanto eleva as boas (mesmo quando raras). Difícil um morto, por mais fdp que seja depois de algum tempo não ser lembrado como "boa pessoa".

Boa sorte e muita força.