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Até que ponto ceder?
Jani, já que não estás reclamando dos meus textos longos, vou continuar. ;)
Senão tenho a impressão que sempre teremos que ficar trocando de parceiros... Mas a questão da adaptação tem que vir dos dois lados, pois acho meio impossível encontrar alguém totalmente compatível....
Isso que você disse me lembrou de uma situação...
Um dia desses a minha mãe me contou que o filho de uma grande amiga dela tinha se separado. Ela estava \'horrorizada\' pois eles estavam casados há menos de 2 anos. Me disse: \"Mas tão rápido... e já desistiram... Podiam ter tentado mais...\"
Não rebati isso que minha mãe falou mas olha a situação: Meus pais são casados há uns 35 anos e brigam como cão e gato (aliás... já vi cão e gato mais comportados que eles). Ela vive contando de histórias de desfeitas que o meu fazia desde o primeiro ano de casamento. Desde o primeiro ano de casamento a minha mãe reclama do meu pai e implora pra ele fazer terapia. Ele nunca fez. E ele continua implicando com ela, e ela com ele. Nos aniversários de casamento (que não são comemorados mas apenas lembrados) minha mãe fica deprimida, com óculos escuros - pois acho que ela revê a história.
Mas ainda assim... quando ela vê um casal que \"\"\"desiste\"\"\" do casamento antes de passar toda uma vida, ela acha uma pena.
Eu perguntaria pra ela: \"Qual é o tempo ideal? o casal deve tentar mais o quê? Deve esperar o quê e pra quê? 2 anos é pouco pra desistir? O que é ideal? 35 como ela, depois que já tiverem na terceira idade?
E desse meu \"mini-trauma\" que pra mim ficou cada vez mais claro que a gente não deve ficar dando murro em ponta de faca. Te digo: meu pai não é uma pessoa fácil. Ele se acha muito inteligente e trata todos, inclusive minha mãe, como burros. Mas é fácil se acomodar na situação na posição de santa que faz tudo mas não abandona o barco. Os outros costumam ver com bons olhos. Mas... haja óculos escuros e fluoxetina!!
Você falou que tem a impressão que então sempre teremos que ficar trocando de parceiros. Mas... não precisa ser bem assim, Jani... A gente só não pode se contentar com pouco. E nem achar que existe \'última bolacha do pacote\', \'outra metade da laranja\', \'tampa da minha panela\', etc...
Não duvide que você pode encontrar alguém com afinidades e interesses iguais aos seus. Não duvide mesmo. Não vai sair procurando desesperadamente. Apenas viva sua vida, fortaleça sua identidade... e quando menos esperar... aparece! (e enquanto não aparecer você já estará fazendo muito por si, aprendendo que a gente não precisa forçar barra nenhuma pra ser feliz)
Tim tim por tim tim - assinno embaixo do que a K_A disse logo acima.
A Moça está falando tudo. Pense no seu futuro com pessoas que não te façam se sentir ameaçada.
Desculpe o final do meu texto anterior. Era rascunho que eu ia deletar e esqueci.
Jani,
nesse seu falecido relacionamento,
que tipo de coisas você cedia?
O que você fazia ou deixava de fazer (a pedido dele?)?
Jani,
mesmo com tudo isso que escreveste acima você não consegue identificar a incompatibilidade entre vocês?
Você ainda acha que é uma questão de \"dar menos liberdade\", \"ceder menos\", \"podar mais\"?
Querida, fiquei angustiada só de ler a sua \"listagem\"!
Pra quê esse monte de sacrifícios? (e por que desejar que alguém se sacrifique assim?)
Passou a fumar e beber por causa dele?!??!!!!
Jani... definitivamente... você casou muito imatura e como bem disseste, foi se anulando cada vez mais.
Acho que seria realmente importante você se (re?)descobrir ficando solteira um bom tempo antes de se envolver mais seriamente com outro rapaz/homem.
Jani, a coisa vai mal, minha amiga!... Se vc continuar pensando dessa forma, agindo dessa forma, vc não vai sair desse círculo vicioso. Vc não tem que acreditar que deu liberdade demais ou de menos. Vc não tem que dar liberdade para ninguém, pq vc não tem o direito de tolher ou prender ninguém. Vc não tinha que regular o cara, mas isso não é desculpa para ele ter te traído. Com isso, vc só mostrava que vc era frágil, dependente, desestruturada, e ele se aproveitava disso para fazer o que bem entendesse. Vc também não tinha que aceitar a situação absurda, humilhante, que ele te fazia passar.
O que vc tinha que fazer era ver se aquela pessoa, daquele jeito que ele era, servia para você. Era aquilo o que vc queria, alguém que ficava fora regularmente até altas horas, bebia pra caramba, dava mole ou bola ou se envolvia com outras mulheres, e que queria viver como se fosse solteiro, ignorando que tinha assumido um relacionamento com vc, ou seja, ignorando vc? Então, o que vc deveria ter feito era dizer adeus pro babaca e ir procurar alguém que gostasse de vc mais do que essa tranqueira que vc tinha (tinha?).
Eu sei que vc se separou e voltou, mas, caramba, vc continuava querendo uma pessoa diferente do que aquele cara era. Vc queria que ele tivesse mudado, mas o cara é daquele jeito, sempre foi, pelo que vc falou, machista, mandão, ou seja, alguém que não respeita o outro, que só vê o seu umbigo.
Eu acho que vc deve se preocupar muito com o seu desejo de controlar a liberdade de alguém, mas não para o seu caso passado, e sim para o seu futuro, futuros relacionamentos, os amores que virão. Não é por causa do cara, mas por sua causa, para que vc não entre mais em relacionamentos com pessoas que querem estar longe de vc, traindo vc, e que te façam sentir necessidade de controlar, tolher. É para que vc não fique acreditando que vai mudar as pessoas e entre de novo em uma fria igual a essa, senão vc envelhece sofrendo.
Conselho: vai fazer uma terapia. Vc precisa aprender a escolher pessoas e não querer mudar pessoas. Vc precisa aprender a pensar em vc, a se amar, a se valorizar.
Muito juízo e boa sorte.
A vaidade dele devia ir lá pra estratosfera. Pare de passar a mão na cabeça desse cara. Puxa vida, vc já disse que ele era machista, mandão. O cara sempre foi um calhorda e encontrou em vc a cúmplice e a vítima perfeitas.