O meu x da questão foi este, no inicio Kvet.

Não era um olhar discreto. Era aquele olhar de predador, olhar sexual mesmo, evidente, constrangedor. E era isso que me feria. Mesmo ele sendo um cara tímido, quietão, de poucos amigos. Também detesto o tipo "popular"...mas ele tinha esse hábito... Por isso eu quis colocar um fim na relação.

Por isso briguei. A sensação que eu tinha era de que a qualquer momento ele sairia correndo atrás de outra, e foi o que questionei: quer caçar? Fique solteiro.

E quando perguntei a ele se eu poderia me portar da mesma forma, ele disse: claro que não! E eu: ué, porque? E ele: porque eu me sentiria mal.

Foi nessa conversa que fui muito franca em relação a como me sentia. E propus que acabássemos a relação. Diante da veemente negativa dele em acabar, fui categórica: isso precisa mudar. Pois era a única coisa que atrapalhava o relacionamento que temos e que é de longe o melhor que tive , em matéria de parceria, afeto, carinho, incentivo e prazer. Mas isso poderia por tudo a perder, pois pra mim era inadmissível.

Ele refletiu muito, dialogamos muito, recorremos a terapeuta, a matérias, a livros, até o Segredo ajudou ele, pois como ele mesmo diz era um vício, incentivado desde cedo pelo seu pai e tios.

Hoje vejo um homem diferente. O garotão cresceu. Caminhamos na rua tranquilos. Ainda tenho as marcas desse processo. Mas aos poucos elas ficam pra trás. Valeu a pena. Mas isso só foi possível por ele se determinar a mudar de conduta. Olhar uma mulher bonita é uma coisa. Devorar ela com os olhos diante de sua parceira é outra.