Michelle Weis

Roy Rudnick

Olá meninas, hoje temos uma dica muito especial do pessoal do Mundo por Terra, divirtam-se:

No coração quente da África! Esse é o slogan do Malauí, pequeno país localizado no centro-sul da África e que possui quase um quinto de seu território ocupado pelo lago de mesmo nome.

O Lago Malauí ou Nyassa, como foi primeiramente chamado pelos colonizadores ingleses, é o terceiro maior lago africano, possuindo mais de 500km de comprimento, cerca de 80km de largura e profundidade máxima de 700m. Em torno de 500 espécies de peixe o habitam, das quais mais de 350 são endêmicas (existem somente lá) e suas águas são excelentes para atividades aquáticas como vela, caiaque, mergulho e snorkel.

Suas praias de areia branca com águas mornas e cristalinas são perfeitas para relaxar e é difícil de resistir a tentação de passar alguns dias em alguma delas, ou até semanas, como foi o nosso caso. A imensidão do lago é tamanha que dificilmente consegue-se ver as montanhas da Tanzânia e Moçambique na outra margem, parecendo ser um mar, porém um "mar" de água doce!!! Geralmente suas águas são calmas como numa piscina, mas o tempo pode mudar e ondas de mais de 5 metros são comuns de se formarem.

Das praias, pudemos assistir ao vivo e a cores a vida local em torno do lago: os homens saindo ou vindo da pescar em seus barcos manualmente entalhados em troncos de árvore; durante a tarde, as mulheres lavando roupa, louça e a si mesmas; e as crianças fazendo a festa na água o dia inteiro.

Depois de ver o lago Malauí de perto, uma boa opção é subir as montanhas e vê-lo do alto. Nós subimos quase 1.000m por uma estradinha estreita e com um visual impressionante até a cidade colonial de Livingstonia, fundada em 1894 por missionários da Igreja Escocesa. Primeiramente o grupo de missionários estabeleceu-se a beira do lago, mas tendo enfrentado grandes problemas por causa da malária, subiram as montanhas para longe dos mosquitos e ali tiveram sucesso.

Os outros 4/5 do país são ocupados pela população, a qual divide espaço com diversos Parques Nacionais, Reservas Animais e Florestais. Fomos em busca de animais selvagens no Parque Nacional Liwonde que situa-se as margens do rio Shire, maior e principal rio do Malaui, e possui uma paisagem linda que estende-se deste uma vegetação verde perto do rio até uma floresta seca ao leste. Passamos quase 12 horas em companhia dos poucos animais que ainda restam no país. Vimos hipopótamos, javalis, impalas, antílopes de sable, kudus, mas, sem dúvida, a maior atração são os 600 elefantes que habitam a região e usam o rio como piscina. Os machos são enormes, talvez os maiores que já vimos na África, mas o que queríamos levar conosco foi o filhotinho recém nascido, menor até que uma impala.

Mas, as atrações malauianas não acabam por aqui. Para os amantes de caminhadas, este pequenino país possui diversas opções como o Platô de Nyika, o Platô de Zomba e o Platô de Mulanje. Foi nesse último que realizamos uma caminhada de um dia e subimos mais de 1.000 metros de altitude por seus paredões rochosos e íngrimes, também ótimos para escaladas na rocha. A vista da planície ao redor, as cachoeiras que despencam de metros de altura e uma das maiores montanhas do sul africano, o Monte Mulanje com 3.001m, fazem o lugar muito especial.

Brasileiros precisam de visto para visitar o Malauí e não é nada barato, mas podem ter certeza que visitar esse pequenino vale cada centavo!

Michelle e Roy - Mundo por Terra
Para saber mais detalhes sobre o Maluí e também saber um pouco mais sobre a Expedição Mundo por Terra, acessem www.mundoporterra.com.br