Fazia um frio de congelar os ossos quando estivemos em Copenhague.
Era início de junho e supostamente a temperatura deveria estar mais amena.
Que nada, se para eles aquilo era veranico, pra nós foi um inverno mortal.

Como já vínhamos perambulando há algum tempo e conseguimos despachar por amigos as roupas mais pesadas, quase não tínhamos agasalhos mais abrigados.
E ainda, colaborando conosco, as lojas exibiam somente roupas de verão.
O episódio, foi certamente umas das maiores friacas que passei em toda a minha vida.

Além do frio, o que mais me chamou atenção na cidade foram as pessoas.
ETA povo lindo!
São todos de pela clara e cabelos louros, quase brancos.
Altos, todos muito altos.
As feições são harmoniosas, queixos desenhados, olhos azuis.
Uma verdadeira distração para os olhos.

E, com todo esse visual humano deslumbrante, Copenhague apresenta também um panorama urbano pra ninguém botar defeito. 
É uma capital européia atual, moderna e ao mesmo tempo, histórica e cultural.
A arquitetura da cidade, com prédios antigos e clássicos parecem se alinhar no mesmo nível contra o céu.

Essa visão eu conseguia perceber bem, através da fantástica vista que tinha do meu quarto no hotel.
Era um janelão de vidro imenso com vista para o canal e a cidade.
Volta e meia passavam barcos de canoagem – esporte que eles são muito adeptos por lá.
Em alguns pontos do canal, o lugar é abarrotado por pessoas (bonitas) circulando em restaurantes e cafés locais.
Ou seja, o point é o canal!

Os canais servem também para turistagem.
Pois, tal como Vezenza e Amsterdam, é uma excelente opção para conhecer a cidade, by boat e a vista é muito melhor!
Em 1 hora de passeio pelo canal, você consegue pescar todas as principais atrações turísticas da cidade.
E o melhor, o ticket vale para ônibus também e assim você pode parar onde tiver mais interesse e retomar o caminho em outra embarcação qualquer.

O boat sightseing passa pela Opera House, o Amalienborg Palace, o Christiansborg Palace, a impressionante Black Diamento Library e, claro, a Pequena Sereia.

Porém, como a cidade toda plana, a pedida é caminhar e andar de bicicleta. Dessa maneira se pode sentir melhor tudo, bem pertinho da gente.

Bici, nem pensar! Era um horror o vento gelado que cortava o ar...
Optamos por caminhar, não tanto como eu gostaria, porque estava realmente muito frio para aguentar a temperatura lá fora.

O centro histórico de Copenhague é bem simpático e como também em outras cidades da Europa, se caracteriza pela centralização de muitas lojas descoladas, prédios antigos (quais não são?), cafés e restaurantes.
Caminhamos o pouco que o frio nos permitiu pela área e por pura sorte, nos topamos com uma bela exposição de arte a céu aberto!
Mas, logo a gente corria para se abrigar em cafés, restaurantes ou algo do gênero.
Por falar em restaurantes, a cozinha da cidade tem fama.
Num noite jantamos em um indicado pelo porteiro do nosso hotel e a comida era fantástica, de comer ajoelhado.
O restaurante está localizado num dos mais antigos prédios de Copenhague, construído antes de 1539 – o Puk.
Dou a dica porque o ambiente é demais, o atendimento simpático e atencioso e ainda, o vinho é soberbo!

Além do restaurante Puk, algumas coisas ficaram bem gravadas, durante a nossa estadia em Copenhague.

Uma delas é que o povo é belo, muito belo, como já iniciei o texto falando sobre isso.
Outra é que escurece muito tarde no verão, por volta de dez horas da noite, o que eles definem como “noites brancas”. Teve uma noite que estávamos findando o jantar e o sol ainda não tinha se escondido.
E ainda, o passeio de barco que fizemos, registramos uma cena hilária.
Todos se agarrando uns aos outros, boca roxa e mantas por todo lado pra tentar não congelar.
Usufruir da paisagem, nem pensar!
Eis que olhamos, através de uma abertura na manta, e vimos que duas mulheres (totalmente peladonas, o que não á anormal por lá) estavam nadando naquelas águas gélidas.

É que no conceito deles, era verão, ora bolas!
Então tá!