Desde que me lembro por gente, uma das maiores paixões na minha vida é viajar.

E posso afirmar que sou uma pessoa de muita sorte, porque minha cara-metade é meu parceiro nessa aventura e meu pai, sempre um grande incentivador dos meus sonhos.

Meus filhos cresceram com pais amantes por viagens e desde pequenos aprenderam que viajar é perceber a vida de forma diferente.

Meu pai, que sempre teve gosto pela leitura, comprava tudo quanto é tipo de enciclopédia que os vendedores ambulantes ofereciam a nossa porta. Felizes, eles voltavam sempre com mais novidades e foi nessa jornada que, ainda criança, ingressei no fantástico mundo de viajar sem sair de casa e percebi que havia muito mais além dos meus horizontes.

Não sei se criei hábito, já que minha família estava sempre em estado permanente de mudanças, se tenho sangue nômade nos meus antepassados ou apenas uma pré-disposição natural, mas simplesmente eu amo viajar mais que qualquer coisa que eu goste fazer na vida.

Inicio minha viagem no momento em que imagino o lugar que quero ir e planejo o que mais quero conhecer. Algumas vezes, quando engesso demais a minha turnê, não dou vazão para o inesperado – que tanto pode ser muito bom e apresentar uma bela surpresa ou eu embarcar numa canoa furada.

Viajar pra mim é sinônimo de abrir as portas para o inusitado, deixar as coisas rolarem naturalmente, mas procuro planejar pelo menos as datas para chegar e costumo reservar hotéis em cidades de maior fluxo de turismo, assim não dou brecha para o azar me pegar e nem fico sem teto para me abrigar.

Posso dizer que já viajei muito, conheço quase todos os estados brasileiros e muitos países, sendo que em alguns já estive várias vezes.

Nessas viagens conheci lugares e culturas bem bacanas e interessantes, outras nem tanto e algumas até mesmo deploráveis – o que faz parte do histórico de qualquer viajante.

Para mim, viajar é você sair da sua zona de conforto e abrir a cabeça para novos costumes, culturas, línguas, cheiros, paisagens, enfim: conhecer, aprender a se entrosar no habitat alheio e voltar para casa com a bagagem cheia de lembranças.

Cada viagem é especial e tem a sua história única. De uma maneira ou outra, em todas elas consegui tirar proveito de alguma coisa e também aprendi que quando você olha e analisa o exterior, compreende melhor seu interior.

Mas também faz parte de viajar, a volta ao ninho, o re-encontro com os queridos que você deixou. E assim, novamente aprende a valorizar ainda mais o que você possui – seu lar, seu país, sua gente e isso, de alguma forma ajuda você a crescer e se tornar uma pessoa melhor.

Meu lema deveria ser: vivo para viajar e viajo para viver!

Maya

Postado em: 
15 de março/2010