Ninguém nunca tinha ouvido falar, ele era desconhecido e continuou no anonimato enquanto dormitava por anos... até que resolveu acordar e dar o ar de sua fala!

E a Europa parou, impotente e perplexa, frente à assustadora força da natureza!

Com os aeroportos paralisados, pessoas injuriadas buscavam informações dentro de um panorama caótico, enquanto o dito cujo continuava esparramando suas penugens ao bel prazer do vento.

Geofísicos opinavam e davam entrevistas sobre mais essa ação implacável da Mãe Natureza e todo mundo assistia em frente à TV, o estrago (principalmente financeiro) que o vulcão Eyjafjallajeokull (eta nomezinho difícil) causou no Continente Europeu.

A cena parecia surreal, o garoto deu um espetáculo e tanto, soltando lavas de dentro de uma geleira, parecendo um fogaréu saindo de um gigante vaso de gelo.

Parece que estamos nos acostumando, de um tempo pra cá, a assistir situações desastrosas acontecendo no focinho da gente – desabamentos, furacões, tsunamis, aviões despencado em pleno ar, tempestades calamitosas, enfim a gente sofre e vive o desastre por tabela. Não tem como escapar desses casos, porque sentimos tudo muito pertinho de nós, na poltrona da nossa casa, diante dos nossos olhos.

Tem chovido pregações a respeito desses temas...

Algumas pessoas garantem que tem muito mais para vir, que isso é apenas o início do fim do mundo, o Apocalipse ditado pela Bíblia Sagrada que estava previsto.

Outros afirmam que é a Mãe Natureza dando o troco ao homem por ter sido tão duro com ela.

Tem também a turma que diz que sempre aconteceram situações catastróficas desse tipo, a diferença agora é o efeito da mídia globalizada – muita informação de todos os cantos do mundo quase que instantaneamente.

Há os que aproveitam o momento absurdamente caótico para criticarem e culparem os que não previram que a calamidade poderia acontecer e promovem a demagogia em prol de ganho político.

Quantos vulcões mais existirão sem que o mundo saiba e quantos deles irão botar pra fora sua língua de fogo?

Então, fica para nós o registro, o lembrete da vulnerabilidade, da impotência do homem diante do poder imensurável de forças, muito além de seu controle.

Maya

Postado em: 
26 de abril/2010