O bacana de viajar é entrar na cultura do lugar. Observar e interagir.

Ao contrário do que se ouve falar dos hermanos - talvez pela rivalidade futebolística -a receptividade e o sorriso são constantes, é só arrastar um portunhol despassito e todo mundo se entende.

Buenos Aires é uma mini Europa, em vários pontos há traços da arquitetura francesa, greco-romana e espanhola, dá pra suspirar em frente a Catedral e ao Congresso Nacional, construções imponentes.

Os bons ares também são gélicos, apesar que só se lembra do frio quando se está na rua, porque tudo é aquecido, desde o metrô até farmácia, diferentemente do sul do Brasil, que teima em ser tropical e quase se congela todo dia.

Uma das coisas mais legais que vi, foi o cumprimento dos homens, dão um beijinho no rosto e um leve abraço, não são gays não, homens com cara de homem, belos e sorridentes. Parece que são mais quentes uns com os outros. Já as atendentes das lojas, cruz-credo! Péssimas no quesito gentileza e simpatia.

A gastronomia é parecida com a nossa, mas sempre à la carte, não vi nenhum buffet por lá. Sabores divinos e ótimos vinhos para se envolver na romântica Buenos Aires.

Super-segura, dá para caminhar tranquilamente a noite pelo centro/Florida, usar todos os meios de transportes para turistar... e com um bom mapa na mão não há como se perder, a cidade está bem preparada para a quantidade de turistas que aterrissa por lá diariamente. Porém, há buracos demais na calçada (centro), mesmo de tênis, você vira o pé por diversas vezes.

Outro ponto de admiração é a luta do povo, vão para a rua e brigam por seus direitos, ao contrário de nós brasileiros que somos pacatos até a alma. Evita, gera polêmica, uns amam, outros odeiam, é muito interessante ouvir as várias versões. O valor que dão aos mortos, é outro ponto forte da cultura, são histórias curiosas do rapto e da entrega de corpos de pessoas influentes.

Há três coisas que não se pode deixar de fazer, comer media luna (parecido com o nosso croissant), assistir um espetáculo de tango e tomar um café no mais antigo, Café Tortoni e outro no mais popular, o Havanna.

E por falar em café, parece que os hermanos levam a vida com menos sobrecarga, há sempre muita gente nos cafés a qualquer hora do dia, jogando conversa fora em todas as idades.

Vou deixar para dar dicas, pontos imperdíveis e valores na sessão viagem, despeço-me dizendo: Suerte! É assim que se fala por lá.

Dudy

Postado em: 
15 de junho/2009