Minha Irmã e Eu

maya
Postado em:
11/04/2010 - 20:05

Minha irmã é cinco anos mais nova que eu e por isso fica danada da vida quando alguém pergunta quem é a mais velha de nós duas e piora a situação quando acham que somos gêmeas, o que acontece frequentemente.

Pra falar bem a verdade nem acho que somos tão parecidas, não que me ache feia, mas minha irmã é muito bonita mesmo e durante toda vida pareceu ter 10 anos menos do que tinha.

Logo, penso que se ela parece muito mais jovem do que é e eu já levo mais cinco na frente, como é que pode alguém pensar que somos gêmeas? Coisas que a gente não entende mesmo...

Eu e minha irmã, hoje, somos muito unidas, mas nem sempre foi assim...

Ambas somos casadas, com maridos a tiracolo, com a filharada já crescida e de um tempo pra cá, que não sei precisar quando, resolvemos nos dar bem, apesar das nossas diferenças.

Desde quando éramos pequenas, sempre tivemos as nossas perrengas e continuamos com elas durante um bom período de nossas vidas adultas.

Na verdade somos tão diferentes uma da outra, que nem parecíamos parentes, quanto mais, irmãs. Vou contar algumas...para vocês terem a noção do quanto diferentes somos uma da outra.

Ela não vive sem música, entende pra caramba e adora escutar sempre, de preferência como som a todo volume. Eu não entendo lhufas, mas pelo menos sei dizer o que gosto e o que não curto... e definitivamente não gosto de ouvir som alto demais – vou arriscar dizer que se for escolher, prefiro a quietude do momento.
 
Eu odeio discutir e falar sobre política e partidos do setor, principalmente questões repetitivas que me provocam certa letargia. Minha querida irmãzinha caçula sempre promoveu as maiores discussões sobre o assunto em nossa família e adora ouvir e ler tudo a respeito.

Ela sempre teve o hábito de dizer mais ou menos o que pensa sem procurar amenizar as palavras, eu já sou bem mais moderada e exponho meus pensamentos de forma bem mais delicada, ou seja, normalmente sou a mediadora entre outros.

Ela ama ficar horas em barzinho batendo papo-furado e tomando uma cervejinha (bebida que não gosto), eu já odeio ficar muito tempo parada, quanto mais sem foco definido. rsrsrsrs

Ela nunquinha na vida pintou os cabelos e se orgulha muito disso, o que não entendo qual a moral, enquanto eu já fiz de tudo na minha pobre cabeça. Desde tintura, reflexo, balaiagem, permanente e o que mais inventarem e também me orgulho de meus cabelos agüentarem sem maiores traumas tudo isso.

Então, por isso e tantas outras, sempre brigamos um bocado, seja por opinião, até mesmo a cor preferida – o que aumentava nossas diferenças e dificultou nosso relacionamento durante um bom tempo.

Não sei dizer quando e como tudo mudou, talvez seja a maturidade que nos trouxe a sensibilidade de respeitar as diferenças individuais de cada uma ou quem sabe mudamos com o passar dos anos, mas o fato é que hoje somos como unha e carne.

Procuramos fazer quase tudo juntas, caminhada (que falamos tanto até perder o fôlego), ginástica, cineminha, ou pelo menos nos reunimos na casa de nossa mãe.
 
A verdade é que nos falamos quase todo o santo dia, se a gente não se encontra inevitavelmente, uma liga para a outra.

Ano passado, em agosto, arriscamos fazer a nossa primeira viagem experimental – somente nós duas, sem inferência de terceiros. Foi uma aventura e tanto e sem mortos e feridos, adoramos a companhia diária uma da outra.

Esse ano antecipamos uma viagem, fomos juntas passar mais uma semaninha fora e decidimos que essa programação passará a fazer parte do calendário anual – viagem com irmã!

Agora, abertas às preferências individuais, curtimos demais nossas companhias, tanto que fazemos assim: enquanto ela pede seu choppinho querido num barzinho, eu curto minha taça de vinho e dividimos as comidinhas.

Fico muito feliz com isso e não arriscaria em afirmar que – now, my sister is my best friend in the world – palavras em inglês para homenagear minha mana que é craque na língua e vive me corrigindo!

Maya

Maya

Postado em: 
12 de abril/2010