O mundo canino está definitivamente conquistando cada vez mais espaço.

Fico só de butuca, observando toda atenção e esforço dos donos dos pets em tratar seus cãezinhos quase como gente: unhas bem aparadas e pintadas, pêlos hidratados e cortados – na moda, é claro! E para completar, os dentes recebem atenção especial a cada semestre, limpeza de tártaro e tratamento de cáries.

Comecei a ficar até com ciúmes de todos esses cuidados e procedimentos de beleza.

A essas alturas já tô querendo virar uma cadelinha – daquelas com as donas bem dondocas – que ficam sempre com seu cãozinho no colo, fazendo carinho na barriga e no cangote.

Logo eu, que sou fissurada em massagens – acharia isso o máximo!

Isso sem contar nos mimos de presentes que eu – na condição de cachorrinha – iria receber toda a semana e nem ia precisar fazer aniversário, era só abanar o rabinho e andar um pouco mais nas duas patinhas, enfim, fazer umas graçinhas... e logo viria uma enxurrada de brinquedinhos, roupinhas da hora, caminhas fofas e guloseimas mastigáveis de todos os tipos: uma festa a todo instante!

Mas, voltando à condição humana, a qual não tenho como escapar, uma curiosidade chama a minha atenção: vocês já perceberam que os cães estão ficando cada vez mais parecidos com seus donos? Ou é o inverso? Isso é realmente incrível!

E o impossível acontece – eles se comunicam com seus donos, e vice-versa, através de olhares significativos, que só eles entendem e dá certo.

Outro dia, uma amiga me contou que seu cãozinho estava apresentando sinais visíveis de depressão, então, passou a se tratar com uma psicóloga, especializada em terapia para cães.

Pensei: como será o procedimento do tratamento com os peludinhos? Será que latem juntos com a cachorrada pra se sentirem mais próximos e ganharem a sua confiança?

Fiquei louca pra assistir essa!

Mas que a cachorrada anda temperamental, isso anda mesmo. Ontem mesmo, de gozação, chamei meu cãozinho mimoso e querido de “transporte de pulgas”. Olha, até parece que entendeu! Ficou todo ofendido e emburrado comigo – e ainda teve o topete de me virar a cara. Sério, o pequeno me esnobou o dia todo. O burrinho não entendeu que eu estava apenas de zoação – agora vai explicar isso pra ele....

Cá entre nós que amamos bichos – suponho que você também faça parte desse time – penso que na verdade, cada dono tem o cão que merece, porém não se pode dizer o mesmo do cachorro – afinal ele não tem muita escolha, coitadinho!

Maya

Postado em:
junho/2008