"$urreal" moeda alternativa ao "Real"

Reprodução: g1.com

Uma página criada no Facebook adquiriu, em pouco mais de seis horas, cerca de 30 mil seguidores. O que mobilizou tanta gente foi o convite ao boicote a estabelecimentos comerciais que cobram preços altos por produtos e serviços no Rio. O protesto surgiu acompanhado de uma sátira, que propõe a criação de uma moeda exclusiva para a capital fluminense. Chamada de ‘Surreal’, ela tem como símbolo estampado nas notas o rosto do pintor surrealista espanhol Salvador Dalí.
Na fanpage, são publicadas imagens com os preços considerados abusivos pelos consumidores.

Já o webdesigner Toinho Castro propôs a criação do "$urreal" moeda alternativa ao "Real" -- mais adequada à realidade do Rio, segundo Castro. A jornalista Patrícia Kalil se encarregou de usar o rosto do pintor surrealista Salvador Dalí para ilustrar as "cédulas".

Conforme reportagens, tem barraca de praia no Rio cobrando R$ 40 por uma salada de fruta, R$ 60 por uma porção de calabresa, que numa rede de bares da cidade custa R$ 26. Na página criada no Facebook os internautas estão publicando imagens de cardápios variados apontado os absurdos cobrados. Na descrição da página, o criador sugere que seja feito um boicote a estes estabelecimentos que cobram valores exorbitantes por produtos e serviços.
Misto quente a R$ 20, porção de camarão a R$ 90. Esses são os preços cobrados em uma barraca na praia de Ipanema. A imagem da comanda foi publicada na internet e vários consumidores ficaram impressionados com os valores injustificados dos produtos, mas está longe de ser um caso isolado. Nos últimos dias, os preços no Rio de Janeiro têm subido de forma aviltante.

Segundo Andréa Cals, um dos fatos que motivou a criação da página foi a venda de um picolé a R$ 20. Diariamente, os responsáveis recebem mais de mil e-mails com fotografias de cardápios e anúncios mostrando os preços extravagantes. Em uma postagem, a página denuncia que um shopping passou a cobrar até pela utilização dos banheiros: na porta desses locais há uma catraca, onde o consumidor deve pagar R$ 3 reais para usar.

Tomara que a moda pegue!

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