Thays Costa

Bom, meu nome é Thays, tenho 28 anos.

Aos 16 anos conheci o pai de meu filho. Nem namoramos direito e já casamos de cara, pensando eu estar apaixonada. Nós viemos morar com minha mãe, ele nunca quis saber de trabalhar e eu logo fiquei grávida, mesmo assim consegui um trabalho.

Mas, como nem tudo são rosas, eu sempre estudei muito na minha vida, e ele nem o primeiro grau tinha feito. Vindo ele de família desestruturada, desestruturou a minha também. Ele comeu dois anos às minhas custas sem trabalhar, sem nada e o pior de tudo, me traía, me humilhava, me batia e judiava muito da criança.

Eu sempre fui uma pessoa com problemas de obesidade, mais nunca foi severo, só que na gravidez isso aumentou. Entrei em depressão pois escondia tudo o que acontecia dos meus pais.

Foram 10 longos anos de casada, de martírio, sem falar com ninguém sobre o que se passava. Como Deus vê tudo, num belo dia eu mesma consegui um serviço para ele, que ficou por seis anos nessa firma.

Em relação à mim, as traições continuavam e eu, até hoje, me pergunto o porquê de não ter largado dele.

Enfim eis que um dia ele perdeu o serviço e descidiu mudar de cidade. Menos de três meses de mudança, ele ficou muito doente e veio a óbito, minha vida ficou de pernas pro ar, mais sabia eu que levaria uma vida normal pois sempre me esforcei.

Nesta época eu já estava com obesidade grau 3 e cuidando do meu filho sozinha, até que um dia, como mágica, conheci uma pessoa especial. O nome dele é Ademir, este que está na foto junto comigo e meu filho, um doce de pessoa, um amor mesmo.

Estamos lutando contra nossos 356 km de distância, casados há dois anos e vivendo maravilhosamente bem, fico com ele lá na capital por poucos dias, pois pela obesidade meus rins pararam de funcionar e faço tratamento na minha cidade que é abençoada pelo campus da USP de Ribeirão Preto com ótimos profissionais.

Assim que estiver boa irei para São Paulo viver com ele. Eu o agradeço muito por ter entrado na minha vida pois desde que ele entrou fez muitos e bons feitos. Um deles - e eu tenho que agradecê-lo muito - é pela vida de meu filho que dia 23/12/2009 quase morreu afogado e ele que o tirou dos braços da morte.

A ele amo com todo coração...

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