Cristiane

Meu é Cristiane tenho 35 anos, vou contar um pouco da minha história.

Me casei aos 16 anos de idade com o meu primeiro namorado. Me casei por amor, na ocasião meu pai não queria mas não impediu, disse que não era o que desejava para mim, mas já que era o que eu queria ia fazer de tudo e de fato fez, deu uma casa para nós morarmos e uma mega festa, pois eu nunca poderia dizer a ele que me impediu de ser feliz.

Com 8 meses de casada engravidei do meu primeiro filho e com 1 ano e quatro meses de casamento nasceu o Felipe, uma benção de Deus, mas já durante a gravidez começaram os problemas, meu marido saía a noite e me deixava sozinha em casa, ia para bares, festas e eu em casa chorando e esperando por ele.

Aos 21 anos de idade entrei em depressão profunda pois ele falava coisas que me ofendiam muito. Dizia que havia se casado não por amor, mas porque o meu pai tinha uma boa situação financeira e não precisaria pagar aluguel, também porque eu cozinhava muito bem... e que amor não existia e outras coisas mais que me feriam profundamente, me sentia péssima quando ouvia essas coisas e o resultado foi a depressão.

Graças ao bom Deus depois de 4 meses fazendo tratamento superei e apesar de amá-lo muito, decidi que não dava para continuar, então falei com ele que começou a chorar e disse que me amava e não sabia. Decidi dar uma nova chance para nós, ele parou com as saideras, bebedeiras e passou a ficar mais comigo e meu filho.

Ele sempre se esforçou muito para o trabalho e nessa ocasião compramos a nossa casa, financiada, mas mesmo assim foi uma conquista! Durante uns 2 anos ficamos muito bem, ai engravidei da minha filha Giovanna e quando ela estava com 7 meses de vida começou tudo de novo, bares, bebedeiras, noitadas e amigos... e pior: começou a cobrar para eu trabalhar, então fui à luta e aos 27 anos de idade consegui o meu primeiro emprego.

Foi uma barra no começo, mas com o apoio da minha mãe que cuidava dos meus filhos superei, e o meu esposo começou então a se incomodar, as agressões verbais se intensificaram, ele ficou desempregado 2 anos e, graças ao bom Deus, consegui segurar a barra; entrei na faculdade, isso o incomodou muito, acordávamos às 5:30h da manhã brigando, ele não aceitava eu estudar, mas era um objetivo meu.

Durante o meu curso ele não me apoiou e a situação se agravou muito, mas com luta conclui a faculdade e graças à ela consegui uma exelente colocação na empresa onde trabalho hoje. Há 10 meses fui embora de casa depois de uma sequência de agressão verbais. Ele me ameaçou, eu peguei um colchão, um travesseiro, um cobertor, minhas roupas e fui embora para a casa dos meus pais, deixando para trás tudo o que eu o ajudei a construir.

Quando a minha casa ficou a minha cara, do jeito que sonhei, não suportei mais. Claro que eu também tinha as minhas falhas, mas não superava as dele, o que ele mais reclamava em mim era o fato de eu ser vaidosa e gostosona, mas sempre disse que eu sou uma excelente mãe, uma ótima profissional, só que queria uma mulher submissa e eu não sou.

Hoje moro na casa da minha mãe com a minha filha. Meu filho, hoje com 17 anos, preferiu ficar na casa com o pai, alegando que eu tenho meus pais, meus irmãos e o pai é sozinho, se o deixasse tinha medo que ele se jogasse na bebida de vez. Meu filho só dorme com ele, pois todo o tempo livre está comigo.

Comecei a minha vida do zero, durante 3 meses chorei muito, sentia falta da minha cama, do cheiro dela... foi uma dor tão imensa que era como se eu tivesse perdido alguém da minha familha. Foram 17 anos e meio de casamento e 20 anos juntos, mas nunca senti saudades do pai dos meus filhos.

Há 5 meses conheci uma pessoa que me fez voltar a sorrir e há 3 meses iniciamos um relacionamento no qual estou acreditando muito, pois tem se mostrado atencioso, carinho e muito paciente. Ele tem 45 anos, é divorciado e com 2 filhos. Só agora estou começando a contar para os meus filhos, os estou preparando e a minha familia, logo quero apresentá-lo. Eu já conheço a familia dele, aliás já faço parte dela, estou me sentindo amada, respeitada e protegida.

Tenho muita Fé em Deus que seremos muito felizes. Apesar das dificuldades sei que Deus está comigo.

Quanto ao pai dos meus filhos, quero que Deus o abençoe grandemente e que ele também seja muito feliz.

Ah! Eu só tenho a agradecer a Deus pelos meus Pais que me apoiaram, hoje eu e eles podemos dormir e descansar em Paz.

Logo eu volto contando as novidades! Abraços a todos.

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