Ana Paula

Sempre fui uma pessoa cuidadosa e procurava evitar situações complicadas.

Em 1999 comecei a trabalhar numa grande empresa com muitos funcionários do sexo masculino. O assédio era grande, mas me mantive firme em meus propósitos, até que mais de um ano após ingressar na firma, recebi um convite diferenciado para sair e decidi aceitar.

O rapaz tinha muito em comum comigo e engatamos um namoro que durou três anos e meio. Tudo levava a crer que iríamos casar, até que um belo dia eu surtei! Abandonei minha vidinha calma e tranquila para mergulhar de cabeça num outro relacionamento, que era pura adrenalina. Me envolvi com uma pessoa que eu já conhecia há muitos anos e que sempre nutri uma paixão platônica.

De repente, esta paixão explodiu entre nós e eu, sem maiores explicações, terminei meu namoro. Joguei para o alto uma relação duradoura e estável e fui ser a "outra". Eu, a "certinha" da família e do bairro, mandei minha reputação às favas e fui viver esse amor que me consumia.

Sabia que estava cometendo uma insensatez, namorando um homem casado, que ainda por cima ia ser pai dali a poucos meses!!! Mas nada parecia capaz de me deter!

Contudo, o inevitável aconteceu e apesar de todas as juras de amor, depois que o bebê nasceu ele optou pela família.

É claro que meu mundo caiu, mas eu não me arrependi. Eu tinha que viver aquilo!

Só sinto pelo meu ex-namorado. Ele sofreu demais, ficou desnorteado e passados seis anos espero que ele já tenha se recuperado.

Quanto a mim, pasmem vocês: meu grande amor depois de dois anos, se separou da esposa e por um acaso do destino nos reencontramos!

Voltamos a namorar, agora sem nenhum empecilho, e já moramos juntos há três anos. Ele está divorciado, mas não vejo motivos para oficializar-mos nossa união.

O amor que sentimos já nos enche de bençãos! Nada como a roda da vida, para trazer novos ventos!!!

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