Alex

Olá a todos!

Sou novinha aqui no PF, mas já me considero uma viciada (o site tem sido a minha salvação no trabalho em horários anti-pico!) :) Adorei as histórias e resolvi compartilhar a minha, que por eu ter apenas dezoito anos, mal começou ainda.

Aos oito anos de idade, eu mais minha família, nos mudamos para outra cidade. Fiquei longe de todos os meus amigos, e meu pai resolveu conversar com nossos vizinhos para ver se havia alguma criança no bairro (a maioria das casas na vizinhança eram usadas apenas nas férias, por isso foi um tanto difícil fazer amizades por ali).

Descobrimos que a família da casa ao lado tinha um filho da minha idade, e logo o meu pai sugeriu que a gente brincasse de vez em quando. Mas vocês sabem como crianças são às vezes, né? Eu não queria vê-lo nem pintado de ouro, por ele ser menino e vice-versa. Passados dois anos a família dele se mudou e nós sequer nos conhecemos. Pouco tempo depois quem se mudou fui eu, fui morar no exterior e só retornava à minha cidade de seis em seis meses, quando saía de férias.

Morei fora por um bom tempo e foram diversos encontros e desencontros, corações partidos e amores de adolescência... até que em 2008, com 16 anos, uma amiga me apresentou um garoto super interessante. Nos demos muito bem desde o início, descobrimos que tínhamos muito em comum e eu fui capaz de agir naturalmente perto ele logo de cara (o que é muito difícil acontecer, já que sou meio tímida)... Enfim, nos encontramos apenas duas vezes antes que eu voltasse a viajar.

Nos adicionamos no MSN e passamos a conversar todos os dias, e eu cada vez mais caidinha por ele (estranho como pessoas julgam se apaixonar via internet, não?). Poucas semanas depois, foi confirmada uma coisa que eu nunca esperava: era ele aquele garotinho que morava ao meu lado, dez anos atrás.

Eu tentava não alimentar o que passei a sentir por ele (acima de tudo porque eu morava suuuper longe), mas como o coração é um pouco burro e imensamente teimoso, esse plano não deu certo. E então, certo dia, eu acabei deixando "escapar" (de propósito, confesso) que eu tava meio caidinha por ele. Nesse ponto ele já havia se tornado meu melhor amigo, e por medo da amizade mudar eu disse também que ele não precisava dar uma resposta se não quisesse, e que as coisas continuariam igual entre nós.

Mais um tempo se passou e o prazo de seis meses também: chegaram as férias e já era hora de viajar para o Brasil. Eba! Nos encontrávamos quase todos os dias e a amizade cresceu muito mais, junto com a minha quedinha que logo se tornou "gostar de verdade". No fim das férias nosso grupo de amigos combinou de ir ao cinema. Chegando lá eu fui ao banheiro, e quando voltei descobri que meus amigos haviam o pressionado por uma resposta. Perguntaram se ele gostava de mim, e ele respondeu que eu era "apenas uma grande amiga...".

Quando me contaram isso meu mundinho pequeno desabou. Mas me manti firme e tentei ao máximo não demonstrar o quão triste eu fiquei, pra não atrapalhar o passeio de ninguém (inclusive o meu). Notei que ele evitava até olhar pra mim, e quando cheguei em casa eu desabei. Chorei a noite toda, de uma forma que eu nunca pensei que choraria - ainda mais por um menino. Mas de novo, o coração é sempre meio burro, né? Bom... Passado uns três dias ele disse que precisávamos conversar, e nisso revelou que já havia algum tempo que ele desconfiava gostar de mim, mas não queria aceitar esse fato por medo de abalar a amizade. Me disse também que foi depois que ele parou para pensar sobre o que ele tinha dito para os nossos amigos (sobre gostar de mim apenas como amiga) que veio a certeza do que ele realmente sentia.

No começo eu não acreditava muito nisso (por receio e insegurança), achava que parecia "conversa pra boi dormir", e que, talvez, ele só estivesse me falando essas coisas por pena... mas ainda assim amoleci e resolvi dar a ele um voto de confiança. E o resultado? Estamos juntos há dois anos e quatro meses, e eu estou feliz como nunca! :)

Conseguimos manter o namoro a distância numa boa, e agora em novembro eu voltei pra nossa terrinha pra ficar. O relacionamento parece só ter melhorado desde então! Não sei dizer se ele será o homem da minha vida ou se vamos continuar juntos para sempre, porque apesar da gente se amar muito, reconheço que nunca se sabe o que virá e que temos muito chão à frente... Mas posso afirmar que depois disso eu passei a acreditar em destino (ou qualquer variação disso) e que amor verdadeiro existe, só precisa de paciência pra ele acontecer. ;)

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