Sim, Caronte. É justamente porque concordo com teu último post que fiquei tão perplexa com as afirmações sobre querer e não admitir.

Acho que todos buscamos mais ou menos as mesmas coisas, sim, com variação de ser humano para ser humano.

Mas se há uma pergunta que me deixa muito perdida é a do tipo \"o que você procura num homem?\". Eu sei lá!

Todas as vezes em que encontrei um, mesmo nos relacionamentos longos, simplesmente aconteceu. Num dado momento eu me apaixonei, ou apenas me senti atraída, e deu-se o pontapé inicial.

Já aconteceu de esse momento ocorrer com um amigo de data mais longa, cujo conteúdo eu conhecia bem. Mas já aconteceu de sentir atração pela pessoa à primeira vista e a coisa desembocar num relacionamento depois.

Mas não posso dizer que esses momentos foram conscientes, como se tivesse feito uma lista de supermercado e, de repente, completasse o carrinho, conferindo item por item.

As coisas acontecem. Não dá muito pra prever exatamente o tipo de pessoa com quem vamos nos relacionar. Há indícios de que as coisas estão funcionando, estão dando certo no dia-a-dia, de que existe o amor entre as pessoas. Mas saber exatamente porque isso tudo começou, eu não acredito que seja possível.

Ou seja, sob esta ótica, mulheres buscam o politicamente correto, ou seja, o discurso de quem buscam aquilo que realmente é importante. No entanto, o instinto é muito menos sensível a estas pressões sociais. Ou seja, uma mulher que diz que procura conteúdo pode, perfeitamente, se apaixonar por um cafajeste bonitão. E ignorar quarenta caras a seu redor que tem todos os outros atributos que ela tenta dizer a si mesma que busca.

*EU NAO SEI DEIXAR EM NEGRITO... rsss mas o fato é

pode, perfeitamente, se apaixonar por um cafajeste bonitão. E ignorar quarenta caras a seu redor que tem todos os outros atributos que ela tenta dizer a si mesma que busca.

Pode sim carotinho e com certeza acontece aos montes... mas um dia vc aprende que o \"instinto puro e simples\" nao e bom conselheiro... e não digo que não deva existir instituto... meus feromonios com certeza se encantam e querem um gostosão... bonitão... porém nao somente feromonios... existe a razão... enfim... ninguem nasce equilibrado... alias o equilibrio decorre das experiencias... dos acertos e dos erros... a quem aprenda rapido... outros nem tanto... outros jamais aprendem... mas isso e questão individual... portanto não generalizemos neste ponto. rsss acho mais que vai alem de questão individual... vai no auto conhecimento... na propria percepção... no reconhecimento de suas falhas... í.... da pano a discussão... rsss

*e isso se aplica aos homens tb! rsss

eu afirmei e reafirmo...

não devo me achar o MÁXIMO... saber que existem pessoas, que são inatingíveis...

mas com certeza, devo saber que tenho minhas qualidades... e não me achar pouca coisa...

nem 8 , nem 80... meu caro

Pois é, com relação ao caso de X, Y e Z, o fato é que relacionamentos dependem de duas vontades.

Por isso o negócio é um pouco mais complexo: não dá pra dizer que quem leva Y, leva o troféu, é o recordista mundial, ou campeão invicto, pra concluir daí que um é melhor que outro, que Z é melhor do que X.

Isso seria delegar toda a avaliação ao juízo de Y naquele momento...

É muito mais fácil avaliar assim. Pessoas são diferentes. E os meândros do desejo humano são insondáveis. Às vezes, uma pessoa que tu jura que é a ideal pra ti simplesmente não quer nada contigo. E não porque tu seja pior que ela, mas porque, apesar de todas as tuas qualidades, falta algo que aquela pessoa, até inconscientemente, considera imprescindível.

Tá, e aí, é motivo para baixar as expectativas, ou passar a pensar menos de si mesmo? Não! De repente, outra pessoa, tão boa quanto aquela que não te quis, vai te querer. Uma pessoa que tenha apenas, uma visão diferente do mundo. Se você baixar suas expectativas, talvez nunca chegue nesta pessoa que desperta tua atenção tanto quanto aquela que não te quis, só que, ao contrário, esta te quer.

É assim que é a vida. Nós temos fórmulas subjetivas e não necessariamente conscientes de avaliarmos as pessoas, e o instinto é, talvez, a mais subjetiva de todas. O que não é atraente em ti para uma pessoa, pode ser para outra, ou pode ser irrelevante. E qualidades em ti, que para uma eram secundárias, para outra podem ser fundamentais.

Eu, honestamente, me recuso a pensar menos de mim mesmo porque fui eventualmente rejeitado por alguém. Dói, é ruim, mas a gente tem que ter consciência de que nem todo dia é dia santo, Papai Noel nem sempre traz bicicleta no natal, mas pode trazer um autorama.

Temos é que ter consciência de nossas qualidades, e se elas não falam ao coração de alguém que desejamos, muito bem, azar, é do jogo. Ali na esquina, terá outra pessoa, tão boa quanto aquela que nos rejeitou, que dará valor a isto.