Eu na ONU

Depois de dez dias conversando com a turma do Mickey, o qual se tornou íntimo meu, aportei para uma temporada na cidade que nunca dorme.

Durante todas as tardes, estive estudando escritas e conversação. No entanto aproveitava as manhãs para dar uma espichada nas pernocas no Central Park ou visitar outros lugares que ainda não conhecia. Isso, quando não tinha muito home work para fazer...

Conferi os melhores lugares de pechinchas para comprinhas descoladas e, se a gente der sorte, consegue abocanhar modelitos fantásticos de grifes que não chegam a casa de três cifras. Conto no final!

À noite, perneteava no burburinho da Time Square, apenas para constatar o que desconfiava: as pessoas dessa cidade não vão para a cama. Nunca!

Assim estabeleci minha rotina diária, tal qual um cachorro, uma criança e também um idoso, preciso me adaptar a um costume, um hábito, para me sentir acolhida, em casa (embora em NY isso seja bastante difícil).

Consegui assistir seis shows na Broadway e, como ainda não havia descolado a fase Disneylândia de mim, comecei pela Cinderela, depois passei pelo Rei Leão, e finalizei com Aladin.
Fiquei encantada com todos, mas The Lion King é realmente um espetáculo especial. Quem já viu, sabe do que estou falando e quem ainda não teve a chance de ver, aconselho que, se for a NY, não perca por nada desse mundo essa peça.

Na minha outra fase de amadurecimento e certa depressão por estar tão longe de casa, me arrisquei em Wicked, Les Misérables e Matilda.
Wicked – uma menina que nasce verde e é rejeitada pelos pais.
Matilda – uma criança muito inteligente e ignorada pela família rica.
Les Misérables - dispensa apresentações.

Qual o melhor? Todos são excelentes, mas caí de amores por Matilda – é emocionante a interpretação das crianças e impressionante também!

Programação cultural também não faltou no meu cardápio. Conferi a sede das Nações Unidas, dei uma passada no Memorial World Trade Center (mais chororô) e caí um dia inteiro dentro do Museu de Artes Modernas – o MOMA.

Confesso que não entendo lhufas de arte, mas fiz questão de fotografar algumas obras que amei de verdade, outras, eu tentava entender e, acabava fazendo cara de paisagem mesmo. Criação e seus criadores, no portifólio de fotos anexo.

O quesito gastronomia iniciou quando minha irmã chegou. Sem querer falar, mas ela estava sempre faminta e queria provar todos os restaurantes de NY. Tivemos sorte: nos demos bem em quase todos, a não ser num pub irlandês que ela pediu um atum com cara esquisita e salada com gosto de detergente. Obviamente sobrou pra mim – tive que compartilhar irmãmente minha enxuta saladinha com ela.

Os dois vencedores cinco estrelas, eleitos por nós duas, foram o Cellini 65 East 54th Street (entre a Madison e Park) e o Rue 57 60 West 57th Street (na esquina da Avenue of the Americas).

Listinha  para comprar barbadinhas: FOX’S e MARSHALLS, as duas bem pertinho uma da outra, na 79 West com a Broadway, updown. Já a BURLINGTON, fica na Union Square, no bairro Gramercy – 14th Street com a Park Avenue em dowtown.

Era isso! É maravilhoso sair, passear, viajar e conhecer outras culturas e a diversidade cosmopolita de NY é fantástica. Assim como ir, retornar tem um imenso valor. A volta ao lar, à família, aos amigos e aconchego. Na minha casinha novamente: Aleluia e Graças a Deus!