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Não podemos esquecer jamais o prazer que é "devorar" um livro que tem uma história boa! Este romance de Ian McEwan veio para preencher a expectativa  de como seria seu novo romance, após o Reparação.

Serena é uma personagem feminina que revê a década de 70, que é contratada pelo MI5, o Serviço Secreto Britânico e Serena se vê como participante de uma mentira cujo objetivo é fomentar a criação de uma ficção. Isso porque ela é incumbida de estabelecer contato com um escritor a quem não pode contar que é uma espiã, nem que o dinheiro que ele passará a receber virá do Estado. Mas o contexto de toda essa armação é uma guerra muito real, num período bastante violento da história da Inglaterra, especialmente por causa da atividade do IRA.

E, para Serena, o caso envolve ainda sua vida pessoal, tanto no que se refere a seu antigo amante, que a introduziu no MI5, quanto no que se refere ao escritor que é vítima do ardil, por quem acaba se apaixonando. Ela é, portanto, agente e vítima, personagem e criadora, num romance em que todos esses papéis são questionados com fervor.

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