A adaptação do livro de Saramago é visceral. Eu não li o livro, portanto minha impressão se baseia unicamente na versão eletrônica, que posso dizer foi de tirar o fôlego. A situação é angustiante. A todo o momento você tenta se colocar na cena para descobrir o que faria se estivesse acontecendo com você.

É por isso que o filme te prende do início ao fim. Tudo acontece rápido até se transformar no caos. Um surto de cegueira se alastra e, ao que parece somente uma mulher é imune à “doença”. Impressiona constatar que é ela quem mais sofre, vendo a desordem e a humilhação que a cerca.

A película tem uma carga emocional muito forte, mexe com os brios de quem não está preparado para compreender a natureza frágil de que somos feitos e que fica evidente em meio ao caos de nossa impotência.

A fotografia é magnífica, cruelmente real. Não deixe de assistir.

Caju

Postado em:
26 de março/2009