Andando pela praia nessa última linda e gloriosa manhã de segunda- feira (sentiram a vagabundagem da lindinha?) para um pequeno passeio com meu cãozinho igualmente mínimo (york) fui repentinamente abordada por uma senhora  – assim, sem mais nem menos.

Juro que morri de medo de levar um xixi porque sabia que estava cometendo uma micro infração, tinha evitado olhar a plaquinha que proibia a entrada de animais na praia.

Mas, aos poucos, fui ficando aliviada quando ela me contou com uma indignação sem tamanho que dias atrás quando estava passeando com seu cão viralixo (minha raça predileta) e uma outra fulana veio ao seu encontro com dedo em risque dizendo que ela era uma inconseqüente por trazer seu mascote à beira-mar.

Minha nova amiga – já estava íntima dela – respondeu com rispidez que seu querido viralata era desverminado, vacinado, adestrado (leia-se educado) e despulgado e perguntou se ela tinha todos esses requisitos para estar no mesmo lugar. Uau!!!

Meninas, eu quase dei um beijo no bumbum dela, virou imediatamente minha heroína praiana!

Poxa, tem gente muito chata nesse mundo, muito de mal com a vida que, sem ter o que fazer, fica pentelhando a dos outros... ah, vão se catar,  orabolas!

Canso de ver pessoas sem acesso a condições de saúde ou limpeza (coitadas) com a cabeça infestada de piolhos na beira da praia, e não se pode fazer nada, é claro.

Vejo crianças fazendo xixi/cocô na praia porque papai ou mamãe não levaram até em casa para as necessidades - ou não deu tempo suficiente – sabem como são os pequenos, deixam pra ir no “banheiro” na última hora do último minuto, e o que vai se dizer?

Passo por garotos tiranos fazendo guerrinhas de areia e já fui acertada algumas vezes... fazer o quê? Afinal são apenas crianças brincando.

Costumo encontrar constantemente adultos jogando frescobol em lugares com grande movimentação de pessoas e com uma fúria que parece que vão ganhar um jogo muito importante, algumas dessas velozes e intensas bolinhas já vieram de encontro ao meu rosto e já percebi mulheres grávidas se esquivando delas... Não tem jeito, o negócio é pegar a vida mais leve.

Meu picorrucho cachorrinho faz suas necessidades antes de pisar as patinhas na beira da praia e, além disso, sempre tenho por hábito retirar os detritos dos passeios até porque senão as ruas passam a ser um banheiro público de cães – apenas uma questão de consciência com o meioambiente.
 
Então pergunto: qual o problema dele dar um passeiozinho para experimentar (de vez em quando) a areia fofa nas patinhas e se divertir um pouco?

Pode até ser que esteja totalmente errada, mas não vejo tanto problema de levar meu cusquinho pra sentir a brisa marinha...

E sei que ninguém é obrigado a gostar de cachorros bem como outros também, não gostam de ser alvo de areia grudenta de molequinhos mimados na praia.

Porém, se existir um pouco de bom senso e tolerância, os espaços comuns poderão ser partilhados com alegria e pacificamente por todos os veranistas.

Pense nisso antes de dar uma bronca em alguém que estiver incomodando um pouco você no seu próximo findi, não pegue pesado e deixe passar.

Maya

Postado em:
janeiro/2009