Presente Assassino

maya
Postado em:
16/09/2013 - 15:20
Reprodução: google.com
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O maridão esteve de aniversário em junho, mais precisamente dia dezoito, dois dias após termos aterrissado de uma bela temporada troteando por aí a fora.
Talvez por influência da Itália, o país que, segundo a minha tese, possui mais vespas no mundo, ou quem sabe por querer buscar um pouco a juventude transviada de outrora, enfim, não sei bem qual foi a minha intenção exata, mas resolvi presentear a parceria com algo diferente.
Resolvi dar a ele uma motorbike, aquelas que a gente nem precisa ter carteira para pilotar. Achei minha ideia fantástica!
O presente foi dado e recebido com alguma desconfiança e lá jazia na garagem do nosso prédio, até o dia de ontem. Embora eu o estimulasse quase todo o final de semana para dar uma voltinha, o cara se negava terminantemente a passear montado nas duas rodas de motor.
Então, com pena daquela coisa paradinha e estacionada, carente para dar um passeio, a bonitinha aqui resolveu experimentar para ver meus cabelos voando, num dia de sábado tão lindo... Por volta do meio dia, quando não tem quase movimento de automóveis, lá me fui a badalar um pouco pela cidade e jogar o mofo da moto para o ar.
Já estava quase me sentindo uma motoqueira, quando me deparei com uma lomba. Olhei a descida meio íngreme, a qual eu seria, de alguma forma, obrigada a passar e fiquei no pavor de descer tudo àquilo trepada em algo que eu não tinha controle - a "mimosa".
Só para lembrar, já fazia quase três meses a bike motorizada não saia para passear. Obviamente que eu já havia esquecido todas as recomendações dadas pelo fornecedor, inclusive a principal dela: "cuidado para não frear com a mão esquerda, pois o freio é do pneu dianteiro".
Resultado: no pavor da descida fiz uma curva, que nem sei como, aberta demais e freei repentinamente a parte dianteira da moto em plena baixada curvilínea.
Acabei me esborrachando contra o meio fio da calçada e me estatelei no meio da rua. Moto para um lado e eu para outro, graças a Deus.
Pelo menos essa sorte eu tive, da motoca não cair em cima de mim. E ainda contanto com os anjos protetores de gente burra e desavisada como eu, não aconteceu nada grave comigo, a não serem leves escoriações e dores musculares intensas, resultado do impacto.
Caída como estava, ali fiquei. Liguei para meu filho me resgatar, pois achei que o maridão não iria conseguir levar eu e a moto de reboque até em casa.
Mico gigante, tipo gorilão mesmo: pessoas passavam de carro e quando olhavam a cena do acidente, surpresas ficavam: - “É você mesma Maria Helena?” Perguntavam.
Queria mesmo me esconder dentro daquele capacete metido a besta que eu coloquei e me salvou da pancada na cabeça no cordão da calçada, outra graça divina.
Meu marido resolveu contar a façanha para toda a família, o engraçadinho...
Tomei tanto xixi que estou molhada até agora, meu irmão chegou a aventurar que eu queria era ficar viúva no momento em que presenteei a minha cara metade com aquele ‘brinquedinho’.
Depois de tanta polêmica familiar, decidi passar adiante o tal presente, que foi tachado de ‘assassino’, ou seja, vou colocar um cartaz no meu site: VENDE-SE UMA MOTORBIKE.
Alguém se habilita?



kakakakaka não desiste do brinquedo, só precisa de treino heheheh bjooo