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Pela primeira vez, tivemos uma Páscoa diferente, metade da família foi para um lado e a outra metade cumpriu o programa pascal de todos os anos.

Preciso dizer que todos estavam felizes com suas escolhas, foi algo consentido e numa boa.

No início ver partir é doloroso, afinal, família curte estar junto.

Porém, vejo que o distanciamento pode ser enriquecedor e necessário.

Necessário porque todo afastamento gera uma área de respiro, onde o tempo é só seu. Você pode fazer tudo no seu ritmo na hora em que desejar e isso faz bem a alma.

Enriquecedor na medida em que há tempo para raciocinar sobre a importância da presença do outro na sua vida, e também, sobre o fato do casamento ser um grande “acomodador”. Primeiro se aprende a conviver, depois se esquece de que é preciso manter, dia a dia, essa convivência.

Sei... algo nada fácil na rotina ensandecida de nossas vidas, onde o dia parece não ter horas suficientes para se fazer tudo que é preciso. E assim, a vida passa numa velocidade absurda, e por muitos momentos passa batido o que realmente importa nisso tudo.

Acredito que há duas coisas que façam a diferença, uma delas é estar junto como um casal de verdade onde se divide projetos, conquistas e problemas. As pessoas estão cada vez mais individualistas e esquecem que o papel que desempenham no esquema de vida um do outro é fundamental para a união. O olhar recíproco precisa demonstrar respeito e valorização deste “papel” para que o “acomodador” não ganhe espaço demasiado e vire o jogo.

O entusiasmo, é o outro diferencial, a mola propulsora da vida. Do contrário tudo começa a ficar cinza. Sem profundidade, sem entrega... Sim, o amor é coisa pra gente audaz e persistente, afinal, dá trabalho se entusiasmar. A receita de bolo para viver esse amor é a mesma de sempre: precisa entrega de corpo e coração ao relacionamento, com doçura, gentileza e dedicação.

Acabou, que as férias conjugais, me deram tempo para pensar em como anda o nosso amor, e esse olhar “de fora” sinalizou que pequenas mudanças no dia-a-dia podem gerar grandes alterações no bem viver. E como grande admiradora do “amor” acredito que sempre vale a pena tentar. E vocês, o que pensam sobre o tema?