Ilustração:wallcoo.net

É incrível. Sempre me achei "invisível" para o mal. Uma teoria boa, afinal acreditava e se tornou parte da minha rotina: viver sem medos.

Acontece que, após passar por um assalto assustador (e "otras cositas mas"), eu mudei. Eu vejo o "mal", enxergo as situações de perigo e estou sempre - mas sempreeeeee -  antenada em tudo que está acontecendo à minha volta. Olhos de lince, faro caçador, sensibilidade 99%.

"O que abunda não prejudica". Quando ouvi esta frase a primeira vez, achei engraçada, mas aos poucos fui entendendo o seu significado e onde cabia. Nunca é demais preservar sua vida e das pessoas que você ama e cuida. Nesta caso eu prefiro errar para mais, que para menos. Sim, eu acredito que tudo tem sua hora e quando tem que acontecer, acontece, mas prefiro não dar mais sorte ao azar, já faço isto necessariamente, para poder sobreviver na selva de pedras.

Não tenho medo da morte, mas tenho medo de sofrer. Então, pode até ser que exagero, mas enxergo, sinto e sei quando a situação é de risco. Me sinto incapaz, sozinha... Uma presa, pequena... E o pior, se estou ou é com pessoas que amo, temo não conseguir protegê-las, aí é um booom na minha mente.

Infelizmente, esta é a nossa realidade. Não tem como viver, conviver e ter uma rotina como se fôssemos imortais e intocáveis. Isto não existe. Sou superprotetora sim, de mim e dos meus.

Agradeço por tudo, sempre, e mais uma vez, obrigada, valeu mais este recado.