Eu e Meu Silêncio - Parte IV

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Ainda na minha infância, havia descoberto que não valia a pena seguir em frente pois tudo dava errado. Eu olhava para o céu tentando encontrar uma resposta de algum lugar e não achava.

Guardar um segredo de um abuso foi muito difícil pra mim, achando e pensando sempre no pior que estava por vir a mim, mas em relação ao Sérgio eu deixei 
na mão de Deus. Um certo dia estávamos reunidos na rua eu, meus primos e alguns colegas, brincando de jogar pião (sim sempre gostei de jogos masculinos, mas 
isso não me deixou nem mais nem menos mulher, sou mulher e pronto). Voltando ao assunto, estávamos distraidos brincando até que parou um carro, um monza escuro e desse carro sairam 3 homens, todos armados e eles procuravam pelo Sergio. Quando o encontram o colocaram dentro do carro e levaram para um pouco distante de onde estávamos. Logo na sequência escutamos 3 tiros. Sim, Sergio havia sido assassinado. Se ele pagou pelo que fez, não sei, só sei que ele morreu.

Aqui acaba a história de Sergio, o que não significava que minha vida iria melhorar e realmente isso não aconteceu. A situação entre eu e minha madrasta nunca mudou e tenho a certeza convicta que nunca vai mudar, até porque eu não faço questão alguma de ter uma boa relação com ela. Mas começou a piorar e muito, a ponto de perder simbolicamente o meu pai.

Vou falar um pouco de meu irmão por parte de minha mãe. Ele se chama Paulo Henrique e, se ainda estiver vivo, tem 30 anos. Henrique e eu tínhamos uma amizade bem relativa, as vezes nos dávamos bem e as vezes muito mal. Uma certa vez ele passou a mão em meus seios ainda quando éramos crianças, mas eu não
gostei, tomei uma atitude bem dolorida e foi instantâneo, sem pensar eu agarrei a mão dele, e escorregando um pouco, ficou o dedinho nas minhas mãos, até que eu tomei força, que eu não sabia de onde vinha, e comecei a entortar aquele dedo, até que eu escutei um estralo, ali eu soltei. Eu havia quebrado o dedo dele e não me importava. Ele teve que clocar uma atadura de ferro e a desculpa que ele deu ao meu pai foi que quebrou jogando bola. Ele era o goleiro e na hora da defesa, defendeu errado. Desculpa, mas esfarrapada...

Por hoje é só, escreverei mais em breve.
Continua...

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nao importa quem sao se proximos ou nao simplesmente mostros ,sei que nao resolve o q aconteceu,mais tenha fé ,peça força a deus e siga em frente se afaste daqueles q nao te fazem bem e recomesse.vc tem uma segunda chance.


Sinto muito pelo que aconteceu..