Eu e Meu Silêncio - Parte III

Ainda na minha infância, havia descoberto que não valia a pena seguir em frente, pois tudo dava errado, eu olhava para o céu, tentando encontrar uma resposta de algum lugar e não achava. Guardar um segredo de um abuso foi muito difícil pra mim, achando e pensando sempre no pior que estava por vir a mim, mas em relação ao Sérgio eu deixei na mão de Deus.

Um certo dia estávamos reunidos na rua eu, meus primos e alguns colegas, brincando de jogar pião (sim, sempre gostei de jogos masculinos, mas isso não me deixou nem mais nem menos mulher, sou mulher e pronto). Voltando ao assunto, estávamos distraidos brincando até que para um carro, um monza escuro, não e recordo a cor se era preto ou azul, mas era escura e desse carro saiu 3 homens, todos armados e procuram pelo Sergio. Quando o encontraram, colocaram ele dentro do carro e levam para um pouco distante de onde estávamos. Logo na sequência escutamos 3 tiros. Sim, Sergio havia sido assassinado; se ele pagou pelo que fez, não sei, só sei que ele morreu.

Aqui acaba a história de Sergio,o que não significava que minha vida iria melhorar e, realmente, isso não aconteceu. A situação entre eu e minha madrasta nunca mudou e tenho a certeza convicta que nunca vai mudar, até porque eu não faço questão alguma de ter uma boa relação com ela. Mas começou a piorar, e muito, a ponto de perder simbolicamente o meu pai.

Vou falar um pouco de meu irmão por parte de minha mãe,ele se chama Paulo Henrique e, se ainda estiver vivo, tem 30 anos. Henrique e eu tínhamos uma amizade bem relativa, às vezes nos dávamos bem e às vezes muito mal. Certa vez ele passou a mão em meus seios ainda quando eramos crianças, mas eu não gostei, tomei uma atitude bem dolorida e foi instantâneo, sem pensar eu agarrei a mão dele e, escorregando um pouco, ficou o dedinho nas minhas mãos, até que eu tomei força que eu não sabia de onde vinha, comecei a entortar aquele dedo, até que eu escutei um estralo, ali eu soltei. Eu havia quebrado o dedo dele e não me importava, ele teve que colocar uma atadura de ferro e a desculpa que ele deu ao meu pai, foi que quebrou jogando bola (ele era o goleiro e na hora da defesa, defendeu errado. Que desculpa mais esfarrapada...

É, por hoje é só, escreverei mas em breve. Continua...

Compartilhe


É muito triste, sua história mesmo....Lamento, muito..